No segundo turno das Eleições Legislativas da França, houve uma reviravolta com a vitória da coalizão de partidos de esquerda, conhecida como Nova Frente Popular (NFP), trazendo perspectivas positivas para o país. No entanto, o governo saiu derrotado e a extrema direita ainda conquistou um número considerável de assentos no parlamento.
A participação eleitoral foi crucial para essa virada, com o maior comparecimento às urnas registrado nas últimas quatro décadas.
Isso se deveu, em parte, ao processo de retirada de candidaturas de centro e de esquerda, permitindo a concentração dos votos nos candidatos mais bem colocados, evitando que a extrema direita ocupasse mais cadeiras no parlamento.
A repercussão internacional foi positiva, com figuras políticas como Celso Amorim, Luís Inácio Lula da Silva e Bernie Sanders parabenizando a esquerda francesa pela vitória sobre o extremismo de direita.
No entanto, o caminho ainda não está totalmente livre para a esquerda, uma vez que nenhum bloco político alcançou a maioria absoluta de cadeiras no parlamento. Intensas negociações estão previstas para os próximos dias, com a possibilidade de a NFP ter que negociar com setores macronistas para formar um governo.
Apesar da vitória, especialistas apontam que a ameaça da extrema direita ainda persiste e o cenário político continuará dividido, polarizado, radicalizado e violento nos próximos anos, não apenas na França, mas em todo o mundo.
A reviravolta nas eleições legislativas na França demonstra a importância da mobilização popular e revela uma nova configuração no cenário político do país.