Encontro Putin–Zelensky só é possível com acordos concretos entre Rússia e Ucrânia, diz Kremlin

Negociações de paz

Porta-voz russo disse que não houve contatos entre a Rússia e os Estados Unidos após as negociações de Istambul
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Uma reunião entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky é possível, mas somente como resultado do trabalho das delegações dos dois países para chegar a acordos específicos, informou neste sábado (17) o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov.

Peskov destacou que não houve contatos entre a Rússia e os Estados Unidos após as negociações de Istambul.

Neste contexto, continuou, se houver uma conversa telefônica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo estadunidense, Donald Trump, o Kremlin vai informar.

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Segundo o porta-voz da presidência, para a Rússia, ao assinar documentos entre as delegações russa e ucraniana, o principal e mais importante é a candidatura do signatário da Ucrânia.

Assim, enfatizou, em primeiro lugar é preciso cumprir os acordos alcançados em Istambul, inclusive a troca de mil prisioneiros por mil prisioneiros, e não está sendo considerada nenhuma mudança na equipe de negociadores russos com a Ucrânia, pois o trabalho da delegação apenas começou.

Ele finalizou que Moscou não comenta os vazamentos sobre as condições apresentadas por Kiev durante as negociações, o processo deve decorrer a portas fechadas.

Reuniões

Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, em imagem durante sua viagem a Londres, em 2024

As conversas Rússia–Ucrânia realizadas na sexta-feira (16) duraram quase duas horas.

O assessor do presidente russo, Vladimir Medinsky, que lidera a delegação russa, anunciou uma troca de prisioneiros em larga escala, de 1.000 por 1.000, com a Ucrânia.

Medinsky sublinhou que Moscou e Kiev concordaram em apresentar suas visões de um possível futuro cessar-fogo.

O lado ucraniano solicitou uma reunião dos chefes de Estado durante as conversações, e Moscou tomou nota disso. O chefe da delegação russa também afirmou que a Rússia estava pronta para continuar as negociações com a Ucrânia.

Foto: Gettyimages