Equipe do Ministério Público de Minas Gerais realiza vistoria em Ouro Preto

Após diagnóstico inicial, medidas emergenciais serão tomadas para evitar novos deslizamentos. Trabalho para garantir segurança será longo.

Promotores analisaram os entornos do Morro da Forca e observaram os escombros do Solar Baêta Neves.
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Ontem (25) o promotor de Justiça e coordenador de Patrimônio Público Cultural do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Marcelo Maffra e o promotor de Justiça da Comarca de Ouro Preto, Lucas Pardini Gonçalves, participaram de vistorias nos arredores do local do desabamento do Solar Baêta Neves e toda a área do Morro da Forca.

Eles foram acompanhados durante as análises pelas equipes da Defesa Civil Municipal, geólogos do CREA e da Ufop, equipe da Secretaria de Obras Municipal e por auditores externos do Ministério Público Federal, por meio dos profissionais especializados da empresa multinacional americana de Engenharia (AECOM).

O promotor Marcelo Maffra falou da inspeção. “Vistoriamos toda a área do Morro da Forca, tentando identificar possíveis fragilidades e locais de risco que possam ameaçar, não apenas o Patrimônio Cultural de Ouro Preto, mas também a vida das pessoas que circulam pela cidade e principalmente dos moradores de Ouro Preto. A ideia é fazer um diagnóstico preliminar e, a partir daqui, montar um cronograma de trabalho de forma integrada com a Prefeitura, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Iphan e outros órgãos responsáveis pela proteção do Patrimônio Cultural e que seja revertida em proveito da população”.

Solução para a cidade exige trabalho integrado e planejamento de várias fases, de vultosos recursos, para salvar vidas e o patrimônio histórico.  

Ao falar sobre as medidas que pretendem aplicar neste primeiro momento, bem como as ações para serem desenvolvidas em longo prazo, ele frisou: “A nossa preocupação imediata é adotar medidas emergenciais para evitar novos deslizamentos e salvaguardar nosso Patrimônio Cultural ameaçado. Além de fazer um planejamento de longo prazo e permitir a implantação de políticas públicas que evitem a repetição dessa tragédia nos próximos anos”.

Juscelino Gonçalves, secretário de Defesa Social, falou dos alinhamentos dados a partir da vistoria. “Foi observado e alinhado as ações de encaminhamentos para as intervenções necessárias. Aguardamos a conclusão de um relatório geológico que está sendo feito dessa área, quantificando e identificando o risco aqui existente. Em seguida, será feito um monitoramento realizado por meio de equipamentos que possam identificar qualquer movimentação na encosta para que a empresa contratada possa fazer a intervenção de engenharia, a partir do desmonte desse material solto”.

Ele complementou ressaltando os planos futuros para os elementos históricos resgatados. “Posteriormente a esse trabalho, poderemos acessar os elementos históricos do Casarão para que estes sejam qualificados, quantificados e pensar em uma possível reconstrução desse Casarão em outro local, aqui na cidade”.

Foto: Ane Souz/ PMOP

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