O ex-ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que alertou “sistematicamente” o presidente Jair Bolsonaro sobre as “consequências gravíssimas” de suas posições diante da pandemia.
“Recomendamos expressamente à Presidência que reveja sua posição, o que pode colapsar o sistema de saúde”, frisou Mandetta na CPI.
Da mesma forma, ele destacou que desde o início da pandemia o Bolsonaro minimizou a doença, rejeitou o uso de máscaras, promoveu aglomerações e defendeu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o vírus Covid-19.
“O Brasil poderia ter feito mais. Poderíamos ter começado a vacinar em novembro passado”, dois meses antes do início de uma lenta campanha de imunização.
Mandetta afirmou que as orientações de Bolsonaro “confrontavam publicamente” as de seu ministério e que isso “transmitia informações duvidosas à sociedade”. “Sempre que explicávamos para ele, o presidente entendia. Disse que vamos seguir nossas orientações. Mas dois dias depois, voltou à situação de quem não tinha entendido”, disse.
O Brasil registra 14.860.82 pessoas contaminadas, com 411.854 óbitos. Nas últimas 24 horas aconteceram 3.025 novas mortes por Covid; curva da média móvel aponta tendência de estabilidade.