Festival Curta Dança acontece de 3 a 10 de dezembro em BH

Eu não sei o que vamos ser quando isso crescer byTiagoSantos
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Belo Horizonte recebe mais uma edição do CURTA DANÇA!. O evento traz à capital mineira uma programação com obras de curta duração, além de espetáculos, oficinas, mesa de debate e Café com Trocas, com discussões sobre a produção contemporânea de dança, gestão, sustentabilidade e ações de internacionalização para o segmento. De 3 a 10 de dezembro, o público belo-horizontino confere a programação distribuída em cinco espaços da capital: CRJ – Centro de referência da Juventude (Centro), e Espaço Aberto Cia Pierrot Lunar (Floresta), o Teatro Marília (Centro), além do Espaço Morada (Santo Agostinho) e Espaço Cafuá (Carlos Prates). Os ingressos custam R$10 e R$5 (meia) e estão à venda na bilheteria do teatro ou pela plataforma Lets Events – https://lets.events/e/curta-danca-bh. A inscrição para as oficinas também pode ser feita pela plataforma até 28.11 (quinta) e custa R$20. Os espetáculos de abertura e encerramento têm a entrada gratuita. Este projeto é realizado com os recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e tem o patrocínio da MGS.

Na sua quarta edição, o festival recebeu cerca de 100 inscrições de várias partes do Brasil e América Latina. Entre os critérios propostos pela curadoria foi promover durante o evento o encontro de gerações, com bailarinos de longa trajetória e jovens artistas, além de priorizar a diversidade de estilos, que passam pelo hip hop, a dança contemporânea e a dança afro, entre outros.

Para o curador e idealizador do evento, Cris Diniz, “urge nos conectarmos mais, olhar para onde não olhamos. Ter Silvia Moura (CE) conosco, por exemplo, é dialogar com o que o Brasil produz, é ver o Sudeste repetindo o erro de enxergar apenas um lado, sem ver o todo. Quero estar dentro e fora, quero trocar com Cuiabá e Bogotá, quero estar em Boa Vista e Buenos Aires, quero ir a Montes Claros e Montevidéu. Acho importante nos perguntarmos o que é esse fora que tanto olhamos e repensar a construção de nossa história e de nossa produção artística, fora dos eixos convencionais, menos eurocentrada”.

A parceria com o CLT – Corredor Latinoamericano de Teatro, iniciada na última edição, foi mantida para 2019, possibilitando a vinda de artistas do Paraguai como Alejandra Díaz, que irá ministrar a oficina de Gestão para Dança, e da Colômbia, como Johans Moreno e Betancur com “VACI(j)A VACÍA de UNA sujeta múltiple” e Cesar Garcia com “Sopa de Papel”. O espetáculo “Cruces y Desvíos (Sujeto Bryan)” de Fernando Zapata Abadía encerra o festival no Teatro Marília, no dia 10 de dezembro, terça, com entrada gratuita e distribuição de senhas 1 hora antes.  

Cruces Y Desvíos by KartmanAlzate

Entre as obras nacionais estão previstas “Anatomia das coisas encalhadas” (Ceará), “Medusa ao Reverso” (Alagoas), “O dito, o não dito e o por dizer” (Bahia), “Por alguns cantos” (São Paulo), “We don’t have money, but we are funny” (RJ), “Por Elas” (Paraná), entre outros. De Minas Gerais e da cena belo-horizontina, foram selecionados 14 trabalhos, entre eles, “Corpos Negros Incena” de Evandro Passos e “PlaylistA” do Coletivo Movasse.

 Ao final de cada apresentação haverá a condução de bate-papo por um mediador referência no segmento. Os espetáculos serão apresentados no Teatro Marília e as danças de curta duração no Espaço Aberto Pierrot Lunar. “Não trabalhamos com um tema por ano, entendemos que o Curta Dança é o Curta Dança, e as relações se dão na construção diária do evento. Colocar um tema reduz e direciona o olhar para as danças e para as conversas”, reforça Cris Diniz

Para aprofundar as discussões desta edição, está prevista uma mesa de debate no CRJ – Centro de Referência da Juventude, com programadores de festivais do Brasil e da América Latina que pretendem “repensar os modelos dos festivais e sua função hoje na relação com a cidade, com o público e com os artistas”, explica Cris Diniz.  No dia seguinte, haverá um Café com Trocas que propõe um encontro informal entre artistas, produtores, gestores, programadores e interessados para intercâmbios e parcerias.

Com viés formativo ampliado, a quarta edição traz também cinco oficinas com enfoques em criação, identidade, gestão e internacionalização, que serão realizadas no CRJ, Teatro Marília e nos Espaços Morada e Cafuá -ambos referência na criação em dançaEntre os ministrantes estãoSilvia Moura (Fortaleza/CE), Dana Isabel Piedrahita (Colômbia /Medellín), Johans Moreno (Medellín), Rubia Romani (Curitiba) eAlejandra Díaz (Paraguai/Argentina).

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