Ouro Preto será palco mais uma vez do Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz no período de 31 de julho a 07 de agosto e conta com oferecimento da Gerdau, a maior empresa brasileira produtora de aço. Neste ano da edição comemorativa dos seus 20 anos, o evento fará homenagem à sua idealizadora, Maria Alice Martins (agosto 1951 – novembro 2020) e tributo a Frank Sinatra.
Segundo o diretor-geral do festival, Rud Carvalho, o Tudo é Jazz é considerado um dos maiores festivais de jazz do país, pioneiro em Minas Gerais neste gênero musical e eleito entre os 10 melhores do mundo pelo selo de qualidade da prestigiada revista norte-americana Down Beat.
“O evento reúne a tradição e a inovação, conectando artistas de gerações e nacionalidades distintas, levando ao público o que há de mais relevante na música produzida atualmente, não apenas no Brasil, mas também em outras partes do mundo”, comenta Rud. “O urbano, o clássico e o contemporâneo se encontram neste espaço marcado pela pluralidade sonora onde o jazz é o fio condutor”, resume o pianista, compositor e curador do Tudo é Jazz, Tulio Mourão.
Há mais de três décadas em Minas Gerais, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, patrocinou a primeira edição do festival, ainda em 2002. “Voltamos nessa edição especial do Tudo é Jazz, celebrando a trajetória do gênero musical no Estado e proporcionando à sociedade mineira a oportunidade de apreciar música de altíssima qualidade”, destaca Wendel Gomes, diretor executivo da Gerdau. “Pela primeira vez, o festival saiu da sua cidade natal de Ouro Preto para levar oficinas, shows e conhecimento para outros municípios mineiros, onde a Gerdau mantém suas operações”, completa, ao comentar que nesta edição comemorativa de duas décadas, o Tudo é Jazz chegou também a Ouro Branco, Congonhas e Itabirito, além de Belo Horizonte.
O Tudo é Jazz é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apresentado pela Gerdau e conta também com o aporte do Instituto Cultural Vale e Cemig. A Gerdau também é patrocinadora do festival por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O festival conta ainda com apoio das prefeituras de Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas e Itabirito.
TRIBUTO A FRANK SINATRA
Segundo o curador do Tudo é Jazz, Túlio Mourão, o tributo a Frank Sinatra, que acontecerá no dia 05 de agosto (sexta-feira), às 22 horas, na Praça Tiradentes, estava nos planos de Maria Alice Martins e, como não foi possível concretizá-lo em vida, será realizado nesta edição comemorativa de vinte anos, com entusiasmado aval de Dona Terezinha, mãe de Maria Alice e grande fã do cantor.
“Além da bela homenagem à Maria Alice, Frank Sinatra é uma referência musical, à altura de um momento tão único para o Festival Tudo é Jazz, que é a celebração de seus vinte anos. A verdade é que Frank Sinatra é um coringa no seleto e festejado mundo da música americana e guarda especial importância graças ao seu duplo perfil de cantor e ator de sucesso. Perfil que lhe rende o crédito de ter dilatado significativamente o público do jazz, rompendo barreiras de classes sociais, gerações e etnias, tanto nos Estados Unidos quanto mundo afora”, ressalta Mourão, responsável também pela direção geral do tributo.
O destaque desse tributo será a possibilidade de eternizar as belas canções de Frank Sinatra pelos intérpretes mineiros Wilson Sideral e Carla Sceno, que contarão com arranjos da Orquestra Jazz Big Band (SP), sob regência de Mario Tirolli, que traduzem a sofisticação, o romantismo e o imbatível glamour dos anos 40, recriando algo da atmosfera das grandes “Big Bands”. A homenagem conta com o apoio da Associação dos Artistas.
ATRAÇÕES INTERNACIONAIS
Dentre as atrações internacionais destacam-se Madeleine Pieroux (EUA), no dia 05 de agosto (sexta-feira), às 23h30, e Hugo Fattoruso e Quinteto Barrio Sur (Uruguai), no dia seguinte, às 21h30, ambos na Praça Tiradentes.
Cantora de jazz que já foi considerada a Billie Holiday do século XXI, Madeleine Pieroux escreve e interpreta suas próprias composições. Está em turnê com o Careless Love Forever World Tour, que teve início no outono de 2021 e vai até o verão de 2023. No repertório deste show, que será apresentado no Tudo é Jazz, estão canções de Billie Holiday, músicas “hit” do álbum Careless Love e ainda canções que serão incluídas em sua próxima gravação.
Apesar de ter sido apresentada como uma artista de jazz, suas influências se estenderam muito além do gênero – e as composições selecionadas para Careless Love mostraram essa versatilidade. Nos EUA, o álbum vendeu mais de 500.000 cópias em seu primeiro ano, atingindo o segundo lugar na parada de jazz da Billboard e certificação de platina.
Já Hugo Fattoruso e Quinteto Barrio Sur (Uruguai) se apresentarão com uma proposta musical chamada Candombe World Theme – fusão do Candombe clássico, contemporâneo e vanguardista, com elementos eletrônicos. Com esta cocepção musical sem igual já receberam vários prêmios, entre eles o Prêmio Graffiti 2017 pelo álbum “BARRIO SUR”. Com um estilo irreverente, usam uma variedade de instrumentos eletrônicos e acústicos, para fazer covers de canções uruguaias e mundiais, além de suas próprias canções.
SHOWS NACIONAIS
Além do Tributo a Frank Sinatra, que contará com músicos brasileiros de renome nacional, outra homenagem encantará o público. Desta vez, à Grande Dama do Jazz, Ella Fitzgerald, cantora mais popular do gênero nos Estados Unidos por mais de meio século.
A cantora sino-brasileira nascida em Brasília, Chon Tai, e o violonista e compositor Renato Saldanha se unem no show Sophisticated Lady, no dia 04 de agosto (quinta-feira), às 21 horas, no restaurante O Passo Pizza Jazz, para um tributo à parceria de Ella Fitzgerald e o guitarrista
Joe Pass, nos anos 70. Este é um convite para relembrar as grandes composições da era do ouro do jazz, como Georgia on My Mind e Got You Under My Skin.
Já no sábado, dia 06, às 23 horas, na Praça Tiradentes, será a vez de Ana Cañas entoar releituras recheadas de emoção e visceralidade de canções de Belchior. O projeto nasceu de uma live com músicas do artista cearense, que virou um álbum com elogiosas críticas e segue encantando milhares de brasileiros com casas lotadas e performances inesquecíveis.
Ainda no roteiro musical do Tudo é Jazz, variados artistas levarão ao público espetáculos de rara beleza, emoção e alegria.
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS
A exposição Tudo é Jazz – 20 anos celebra o projeto vitorioso que tem orgulho em compartilhar belas imagens, captadas pelo fotógrafo Eduardo Trópia, que registram e reafirmam o vigor, a diversidade e significado do festival que está em sua vigésima edição.
Com mais de 40 anos dedicados à fotografia, o mineiro Eduardo Trópia abre seu vasto acervo fotográfico e nos mostra um pouco do que tem sido o Festival Tudo é Jazz ao longo de todo esse tempo. Ao fazê-lo, mais que uma mostra fotográfica, Eduardo assina uma comovente crônica visual com flagrantes plenos do rico cotidiano de montagem e exibição do apaixonante evento idealizado por Maria Alice Martins. A curadoria da exposição é do também fotógrafo Guilherme Horta.
A mostra, que contará com painéis suspensos e exibição de vídeos com trechos das edições do Festival, será exibida na Casa dos Contos, do dia 4 até dia 21 de agosto, de terça-feira a sábado, das 10h às 19h; e aos domingos, das 10h às 14h.
Eduardo Trópia – Fotógrafo a 45 anos, Eduardo cresceu vendo de perto o trabalho do pai Milton Trópia, conhecido retratista em Pedro Leopoldo e Ouro Preto. O fotógrafo possui no currículo trabalhos em destinos turísticos, fotografias industriais, editoriais, artes plásticas e artes cênicas. Lecionou fotografia na Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) e ministra oficinas e workshops de fotografia periodicamente em Ouro Preto, cidade onde vive. Além disso, produziu diversas exposições de destaque e mantém sua galeria fine art permanente em Ouro Preto.
RODAS DE CONVERSA E OFICINAS
Os mestres ferreiros Diego Fernandez e Marcos Cecéu terão presença marcante na programação de Ouro Preto em quatro momentos no dia 31 de julho (sábado), na Casa de Cultura Negra: roda de conversa (14 horas), oficina de forja de tambores a partir do ferro (15 horas) e aula de percussão e tambores (16 horas), além do show SambaPretoChoroJazZ (17 horas).
A Oficina de Forja de tambores a partir do ferro e a aula de percussão e tambores vão oferecer a experiência dos Worksongs e dos Vissungos, através dos ritmos no Tambor e do trabalho do ferro na Forja.
Os Worksongs são músicas afro-estadunidenses que desembarcaram por lá no período da escravidão. Eram melodias cantadas em seus trabalhos, utilizadas para coordenar o tempo, para passar informações e vivências e para tornar-se um pouco mais leve sua execução. Os Worksongs formam raízes importantes e essenciais do jazz e do blues.
Os Vissungos são músicas afro-brasileiras, em língua africana que foram utilizadas principalmente nos serviços de mineração em Minas Gerais. Essa tradição se perpetua até os dias de hoje, nos festejos e nas cantorias diárias.
A compreensão da cultura do trabalho em ferro é extremante importante para que se compreenda a formação da cultura brasileira. O africano trouxe para o Brasil toda a sabedoria técnica e filosófica desta arte milenar. As relações com o trabalho em ferro na forja transcendiam a materialidade e se expressava também no mundo cósmico e sensorial. Sobre tudo isso será a roda de conversa.
Às 17 horas, também na Casa de Cultura Negra, será a vez do SambaPretoChoroJazZ. O conjunto reúne alunos da Escola de Música Samba Preto Choro Jazz, de Ouro Preto, tocando instrumentos construídos pelos próprios estudantes, fazendo um som extremamente original.
SambaPretoChoroJazZ surgiu em 2014, quando os músicos Diego Fernandez e Cássio Marcelo fundaram a banda “SambaPretoChoroJazZ: o Tributo a Chico Rei”. Unindo o preto, samba, choro e jazz, musicalmente, resulta-se em um acontecimento social, artístico e estético. O grupo tem a sua essência rítmica e melódica inspirada nos tambores e batuques brasileiros, que revivem, misturam e recriam, em sua linguagem, a valiosa herança artística e musical da ancestralidade afro-brasileira. Músicas instrumentais, repertório variado e arranjos arrojados surpreendem os ouvintes, homenageando a figura emblemática de Galanga, o ex-escravo que voltou a ser Rei em Vila Rica de Ouro Preto (MG) e proporcionou uma das maiores libertações de escravos no Brasil colonial. O Chico Rei do Reisado, do Congado.
O renomado estilista Ronaldo Fraga também estará em Ouro Preto no dia 31 de julho, para ministrar a palestra “Conexão sobre o conceito da música projetada na moda e artesanato”, que acontecerá no auditório da Casa de Gonzaga.
Já nos dias 01 e 32 de julho (segunda e quarta-feira), sempre às 19 horas, na Casa de Gonzaga, profissionais da SENAC ministrarão oficinas gratuitas focadas no turismo.
No dia 01 (segunda-feira), os participantes terão a oportunidade de receber informações sobre posicionamento e imagem pessoal que transmite credibilidade, confiança e seriedade para empregabilidade na oficina de Marketing Pessoal, a ser ministrada pelo facilitador do Senac, Gerson de Alberto de Paula
E no dia 03 (quarta-feira) será a vez dos interessados assimilarem informações sobre o setor turístico e estratégias de retenção de clientes, design, branding, gestão, inovação, tecnologia, investimento e leis e normas de inovação. A oficina Inovação no Turismo será conduzida pelo facilitador do Senac, Felipe Reginaldo de Assunção.
Para participar das oficinas gratuitas é necessária a inscrição prévia, que devem ser feitas pelo email: tudoejazzoficinas@gmail.com ou pelo Whatsapp: 31- 99793-5254. No entanto, se tiver vagas, mesmo sem a inscrição, o interessado poderá participar.
Para mais informações e programação completa. acesse www.tudoejazz.com