A escalada armamentista patrocinada por Jair Bolsonaro voltou a ameaçar a democracia brasileira com mais um ato de terrorismo cometido na Capital Federal. No último sábado (24), o bolsonarista George Washington confessou ter instalado um artefato explosivo em um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília para “dar início ao caos” na cidade. O objetivo: levar à decretação de estado de sítio para quebrar a ordem institucional. Autuado por terrorismo, o criminoso revelou ainda que o golpe fora tramado no acampamento bolsonarista instalado no quartel-general do Exército.
No apartamento onde estava hospedado, foi encontrado um arsenal de armas e munições, que o terrorista pretendia distribuir entre apoiadores de Bolsonaro. Washington tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) desde o ano passado e gastou, segundo seu depoimento, mais de R$ 160 mil na compra de armas e munições.
“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil, dizendo o seguinte: ‘Um povo armado jamais será escravizado’, e também a minha paixão por armas que tenho desde a juventude, afirmou o criminoso, em seu depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal. A polícia investiga a participação de outros terroristas apoiadores de Bolsonaro no ato.
Washington confessou ainda que decidiu agir após os atos de terrorismo ocorridos no último dia 12, quando criminosos bolsonaristas atacaram a sede da Polícia Federal em Brasília e atearam fogo em carros e ônibus. Na ocasião, os golpistas contaram com o silêncio de Bolsonaro e de seu ministro da Justiça, Anderson Torres.
A tentativa de intimidar a participação popular na posse do presidente Lula no próximo dia 1º, no entanto, fracassou mais uma vez. “A posse do presidente Lula ocorrerá em paz”, garantiu o futuro ministro da Justiça Flávio Dino, neste domingo (25). “Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A democracia venceu e vencerá”, advertiu Dino.
Acampamentos bolsonaristas
Dino foi categórico quanto à necessidade de os acampamentos de arruaceiros bolsonaristas serem desfeitos o quanto antes. “É hora de pôr fim a isto. É urgente que isto ocorra”, clamou o futuro ministro, em entrevista à GloboNews, na manhã desta segunda-feira (26).
“A própria Constituição diz que são crimes inafiançáveis, imprescritíveis e insuscetíveis de anistia”, lembrou Dino. Para o futuro ministro, os acampamentos bolsonaristas se tornaram “incubadoras de terroristas” e precisam ser desmontados para o bem da democracia brasileira.
Foto: PCDF e EBC
Fonte: pt.org