Fundação Renova fará investimentos de R$ 63 milhões no Parque Florestal Rio Doce

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O Parque Estadual do Rio Doce, unidade de conservação que abriga a maior floresta tropical de Minas Gerais, teve seu plano de trabalho aprovado pelo Comitê Interfederativo (CIF). O grupo, criado em resposta ao desastre provocado pelo rompimento da Barragem de Fundão,  deliberou a favor do planejamento que prevê investimento de R$ 63 milhões em uma série de ações e serviços para consolidação dos objetivos ambientais da unidade a serem desenvolvidos ao longo de dez anos e custeado pela Fundação Renova.

No planejamento de trabalho previsto para a unidade de conservação, as principais ações estão relacionadas às revisões dos planos de Manejo e de Uso Público, incluindo a modelagem do Programa de Concessão de Parques Estaduais 2019-2022.

A lista de medidas também prevê ampliação dos limites do parque; regularização fundiária; georreferenciamento; ações de combate a incêndios florestais; aquisição de veículos e embarcações; implantação de sistemas de vídeo vigilância; reformas, projetos e obras diversas; contratação de consultorias para criação do plano de comunicação e marketing; contratação de pessoal para apoio técnico, entre outras.

Segundo o diretor geral do IEF, Antonio Malard, com o Plano de Trabalho aprovado, um patrimônio que pertence a todos os mineiros será resgatado. “A expectativa é que, ao final desses dez anos, o Parque do Rio Doce seja um dos parques mais modernos do país e que tenha não somente uma infraestrutura adequada para atender a população, mas que seja uma unidade de conservação autossustentável, proporcionando a conservação da biodiversidade” destaca.

Unidade abriga várias lagoas e a maior reserva de mata tropical de Minas Gerais, entre os municípios de Dionísio e São José do Goiabal, no leste do Estado. Recursos da Fundação Renova serão aplicados ao longo de 10 anos. Foto: SEMAD

O custeio das ações referentes à consolidação do Parque do Rio Doce está previsto no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), que trata dos programas socioambientais e socioeconômicos. O documento foi assinado entre a União, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as empresas Samarco, Vale e BHP.

O gerente da unidade de conservação, Vinicius Moreira, também destaca a importância da iniciativa. “O desastre de Mariana teve impactos no parque. Com o programa, o IEF poderá responder de forma adequada e efetiva para conservar este importante repositório de biodiversidade do estado”, diz.

No final de novembro, IEF e Renova assinarão um acordo de cooperação, com vistas à execução do plano de trabalho. As ações começarão a ser implementadas de acordo com cronograma preestabelecido. Cada ação terá um prazo para ser alcançado, sendo que algumas ações terão caráter contínuo.

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