Gerdau realiza em Congonhas apresentação da trilha de “O Garoto”, um concerto da Orquestra Ouro Preto

O espetáculo ao vivo terá única apresentação no dia 6 de agosto, às 20h, com entrada franca, no Centro Cultural da Romaria

Sincronia perfeita entre música e imagem desafia ainda mais os músicos da Orquestra, tornando a execução uma ousadia.
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A Orquestra Ouro Preto apresenta “O Garoto”, uma homenagem a Chaplin, no dia 6 de agosto, às 20h, no Centro Cultural da Romaria.
Sucesso de público e crítica, o espetáculo tem emocionado as plateias das cidades por onde passa, levando famílias inteiras a mergulhar no universo de Carlitos, unindo música e cinema com a exibição do filme e a execução ao vivo da trilha sonora.
“Um filme com uma lágrima e, talvez, um sorriso”. É assim que Chaplin define “O Garoto”, o primeiro longa-metragem daquele que se tornaria o rei do cinema mudo. Mais atual do que nunca, a obra completou 100 anos em 2021. Inspirado na própria infância de seu criador, o filme comove o público há gerações, justamente por abordar questões universais e ainda não superadas, como a desigualdade social, o abandono das crianças menos favorecidas e os tabus enfrentados pelas mulheres quando se tornam mães solteiras.

“Chaplin era um exímio músico, um artista completo, com uma sensibilidade ímpar, que, sabendo das ferramentas que podia usar na época, trabalhava a música de forma muito rica em suas criações. Já que não tinha diálogos no cinema mudo, toda a ambientação era construída pela música e, como o filme passava pelas mãos e pela cabeça dele, Chaplin fazia com que essa imersão fosse completa, já que escrevia pensando na música e compunha pensando no filme”, contextualiza Toffolo.

Chaplin não apenas atuou e dirigiu “O Garoto” como também compôs parte da trilha sonora que ganhará as cores e nuances da Orquestra Ouro Preto sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo.


Fã declarado de Carlitos e toda a sua filmografia, Toffolo ressalta essa simbiose entre música e imagem. “O que seria do cinema sem a música? Não teria a menor graça!”, reconhece ele. “Considero que a música é muito mais que um conjunto de sons. Ela carrega consigo símbolos que encontramos na linguagem, traduzindo as mais complexas relações sociais como sotaques, gestos e meios de se comunicar. E é em sua função no universo cinematográfico que essas relações ficam ainda mais claras para todos nós. Podemos exprimir os sentimentos mais íntimos até o maior rompante emocional; de um olhar perdido a batalhas em planetas distantes”, explica.

“Como uma das principais incentivadoras da cultura em Minas Gerais, ficamos muito satisfeitos em presentear Congonhas com a trilha do Carlitos, representação máxima do cinema e atual até os dias de hoje, com a beleza do concerto ao vivo da Orquestra Ouro Preto”, destaca Wendel Gomes, diretor Executivo da Gerdau.

Em “O Garoto”, Carlitos conta a história de um vagabundo que, num dia comum, se depara com um bebê abandonado pela mãe solteira. Ele cuida e ama o pequeno órfão até que, cinco anos depois, a mãe aparece para resgatar a criança. Uma obra comovente, que promete trazer um clima de emoção e nostalgia para o público de Congonhas e região, relembrando os tempos áureos do cinema mudo.

Foto: Íris Zanetti

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