Governadores de ES e MG propõem nova governança e repactuação do acordo na reparação do Rio Doce

Resultados financeiros obtidos por Minas Gerais no termo de reparação de Brumadinho, incentiva governadores a propor mesmo modelo pelo rompimento de Fundão.

Novas condições e valores para a reparação integral por rompimento de Fundão foi tema de reunião entre governadores.
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Os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande, e de Minas Gerais, Romeu Zema, se reuniram nesta quinta-feira (12), no Palácio Anchieta, em Vitória, para tratar da repactuação do acordo sobre a tragédia de Mariana. O encontro teve o objetivo de avaliar as mudanças necessárias que precisam ser feitas no acordo e no seu processo de execução, cujos termos vigentes são altamente burocráticos e com muitas instâncias de aprovação, avaliam notas das assessorias dos governantes.

Eles desejam unir forças para conquistar um acordo mais justo para os Estados, que passariam a receber os recursos diretamente.
Atualmente, as indenizações são repassadas por intermédio da Fundação Renova, que eles consideram morosas e burocráticas.


“A tragédia de Mariana afetou mais de dez municípios no Espírito Santo e uma população enorme nos dois Estados. Queremos que o processo de compensação e reparação seja menos burocrático. Nos preocupa que o processo de gestão e governança proposto à época da tragédia seja lento. Estamos aqui unidos para fazer a defesa de uma nova repactuação para que se tenha mais agilidade para recuperar a Bacia do Rio Doce, indenizar as pessoas que sofreram e que possamos ter um legado após esse desastre, em que perdemos vidas e sentimos os impactos na parte ambiental e econômica”, afirmou Casagrande.

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“Nós, mineiros e capixabas, estamos nos unindo para agilizar as compensações aos atingidos pela tragédia de Mariana. Após seis anos do desastre, Minas e Espírito Santo ainda assistem, com muita lentidão, os resultados esperados. Dessa forma, os dois estados unirão esforços para que haja mais agilidade”, completou Zema.

Brumadinho


Os Estados buscam um acordo no formato do Termo de Reparação de Brumadinho, o qual define condições e valores para a reparação integral, sem depender de estudos e diagnósticos que trazem lentidão ao processo, como existente atualmente. Em caso de sucesso dessa repactuação, os Estados e municípios têm como assumir diretamente a reparação socioeconômica.

Foto: Hélio Silva/Ascom Es

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