Greve Geral termina com mobilizações em todo país contra a reforma da Previdência

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Durante todo o dia, os atos convocados por 12 centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniram milhares de pessoas em mais de 380 cidades de norte a sul do país, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), responsável pela produção do mapa abaixo com o levantamento dos atos que marcaram a Greve Geral em todo o Brasil.

Nas capitais, a adesão dos setores de transportes, ônibus, metrôs e trens contribuiu para grande número de pessoas que foram engajadas na discussão dos temas que pautam a Greve Geral.

Na internet, a #GreveGeral liderou a lista de “assuntos do momento” do Brasil na rede social Twitter. Entre 17h e 17h20, aconteceu uma mobilização virtual – “twittaço” – contra a reforma da Previdência, com a hashtag  #BrasilBarraReforma.

A Greve Geral desta sexta-feira (14) é um desdobramento da luta unitária das centrais sindicais, movimentos populares e setores progressistas pela educação pública e contra a reforma da Previdência. Os protestos dos dias 1º, 15 e 30 de maio também foram construídos a partir da união de forças democráticas.

Repressão

As manifestações foram alvo de repressão policial em algumas cidades do país.

Em São Paulo, um ato pela manhã na Universidade de São Paulo (USP), com participação majoritária de estudantes, professores e servidores públicos, foi dissolvido com balas de borracha e bombas jogadas por policiais militares.

Na confusão, algumas pessoas foram atingidas por estilhaços de bombas e em seguida levadas para o Hospital Universitário da USP, segundo o sindicato dos trabalhadores da universidade. Além disso, 15 manifestantes foram detidos e levados à 51ª Delegacia de Polícia, no Rio Pequeno.

À tarde, manifestantes também relataram violência das forças de segurança do Estado, que tentavam dispersar o ato, na altura da Consolação e da Praça Roosevelt. A PM ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ainda de acordo com o sindicato, não há motivos para uma acusação de flagrante de qualquer tipo de crime. A audiência de custódia, para saber se eles vão aguardar o julgamento em liberdade ou presos, vai acontecer neste sábado, dia 15.

Em Araucária, no Paraná, a guarda municipal atacou com balas de borracha o protesto de trabalhadores na BR 426, na região metropolitana de Curitiba, perto da refinaria Presidente Getúlio Vargas. Três pessoas ficaram feridas e foram levados para um hospital. Um agricultor do MST foi atingido no rosto.

Na Paraíba, um policial foi filmado dando um tapa no rosto de um estudante, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE).

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