No próximo dia 29 de abril, às 11 horas, o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, será palco de uma cerimônia histórica. O Festival de História (fHist) homenageará Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, fazendeira mineira que teve uma participação fundamental na Conjuração Mineira. Hipólita será a primeira mulher a receber reconhecimento histórico e seu nome será gravado no Panteão dos Inconfidentes.
A homenagem à Hipólita foi decidida em janeiro, durante uma reunião em Ouro Preto com a Prefeitura e o Museu da Inconfidência para discutir a realização da edição especial do fHist na cidade. Pilar Lacerda, educadora e curadora do festival, explica que o descerramento simbólico da lápide de Hipólita Teixeira será um desagravo pelo apagamento do papel das mulheres na Inconfidência e em outros movimentos políticos essenciais para a independência do Brasil.
Além da homenagem
A edição especial do fHist contará também com uma mesa de debates sobre o papel de Hipólita na Conjuração Mineira. O evento itinerante passará por Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, abordando histórias essenciais para não serem esquecidas. Às 12 horas, no Museu da Inconfidência, a ministra do STF Cármen Lúcia Antunes Rocha, a historiadora Heloísa Starling e as cantoras Zélia Duncan e Ana Costa debaterão o tema “Hipólita estava lá”.
A edição especial do fHist é uma realização da Stratégia Cultura e Comunicação e da Nota, apresentada pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O festival, que nasceu em Diamantina em 2011, é um evento aberto ao público em geral e tem como missão contribuir para a popularização dos temas históricos no país.