Nesta terça-feira (23), ocorreu a reabertura da Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto (MG). O evento contou com o lançamento do projeto “DeLivro” e com a exposição “A Fé que Canta e Dança”, título do documentário realizado pelos artistas Vinicius Terror e Simone Ribeiro, que aborda a vivência do Congado em Ouro Preto (MG). A exibição contou com a mostra de fotografias realizadas pelos artistas e com uma apresentação do grupo do Congado, enaltecendo a cultura negra da cidade.
Ocupando o cargo de diretor da biblioteca está o antropólogo, gestor público e psicólogo, Cleusmar Fernandes, que reforça a importância da inauguração na biblioteca ter ocorrido durante o Mês da Consciência Negra: “O espaço público tem que ser democrático, a consciência negra tem que ser todos os dias. Então, fazer parte da reabertura trazendo uma Guarda de Moçambique, que é o Congo, pra mim, que também sou feito no candomblé, traz um significado muito grande de que realmente é o momento certo para a reabertura e que a comunidade vai se sentir em casa”.
O espaço conta com salas de livros, além de um espaço aberto para a realização de oficinas e exposições. Além disso, o acervo da biblioteca contém mais de 50 mil obras, dentre elas, materiais não informatizados que contam a história de Ouro Preto e estão disponíveis para o acesso do público. Segundo o diretor, a proposta da biblioteca é tornar-se um ambiente cada vez mais atrativo para a comunidade e para os turistas. Com esse intuito, esse ano ocorrerá o Natal da biblioteca durante todos os sábados de dezembro, em que os corais das Igrejas cantarão as cantigas de Natal ao cair da tarde, em conjunto com a exposição do presépio que será montado na biblioteca.
Por fim, Cleusmar Fernandes informa o lançamento do edital para concessão de patrocínio, em que as empresas fomentam a prática da leitura e educação, além da colônia de férias que será fornecida para as crianças em janeiro, contando com a participação de contadores de histórias e oficinas. De acordo com o diretor: “A gente intercala a educação, a comunidade e as crianças e isso nos faz acreditar cada vez mais que é através da leitura que nós conseguiremos a transformação que precisamos para o povo ouropretano”. Todas as oficinas serão montadas ao ar livre, buscando seguir os protocolos de saúde em relação ao coronavírus.