Inflação para famílias com renda mais baixa sobe para 0,67% em março

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O Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, é de 0,67% em março. Com isso, a taxa acumulada para o setor é de 5,42% nos últimos 12 meses.

A taxa ficou acima do 0,49% de fevereiro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,77% no ano. Os dados foram divulgados hoje (5),  no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 Os IPCs são calculados com base em preços coletados em sete capitais: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador.

A inflação medida pelo IPC-C1 em março ficou acima das taxas observadas pelo Índice de Preços ao Consumidor–Brasil (IPC-BR), que apura a variação da cesta de compras para todas as faixas de renda. O IPC-BR registrou inflação de 0,65% em março e 4,88% em 12 meses.

Mais custos

Novo aumento no preço da gasolina dificulta atividade de milhares. Neste ano, alta nas refinarias chega a 28%. Foto: Diogo Moreira

Os pobres que utilizam carros ou motos para trabalhar vão sentir no bolso novos custos. A partir desta sexta-feira está valendo o aumento na gasolina, anunciado ontem pelo governo que subiu nas refinarias o preço do combustível em mais R$0,10 por litro.

Desde meados do mês de Janeiro deste ano, as altas no preço da gasolina nas refinarias já superam 28%.

Pobreza aumenta

Um Relatório do Banco Mundial divulgado  nesta semana, revela que percentual de brasileiros que viviam com menos de US$ 5,50 por dia passou de 17,9% para 21%, ou seja, a pobreza no Brasil subiu três pontos porcentuais entre 2014 e 2017. Assim, mais 7,3 milhões de brasileiros passaram a viver com até US$ 5,50 por dia no período, o equivalente  a  R$ 22,00 por dia, no câmbio de hoje.

Baixo crescimento econômico, alto desemprego e custos elevados para sobrevivência empurram famílias para a marginalidade social e agrava problemas para milhões de brasileiros.

“Considerada a performance medíocre do crescimento econômico da região, em particular da América do Sul, uma piora nos indicadores sociais não vem como surpresa”, aponta o relatório.

O Banco Mundial reduziu para 0,9% a previsão de crescimento econômico para este ano, devido ao desenvolvimento “frágil ou negativo” no Brasil, no México e na Argentina, além do que chamou de “trágico colapso” na Venezuela. Há seis meses, a previsão da organização para a região era de uma expansão de 1,6% para este ano.

Excluindo a Venezuela, no entanto, o Banco Mundial prevê que a região da América Latina e do Caribe crescerá 1,9% em 2019 e 2,7% em 2020.

Para o Brasil, a projeção para este ano é de um crescimento de 2,2%, maior do que a média das estimativas de instituições financeiras reunidas semanalmente no relatório Focus, do Banco Central, que nesta semana, pela primeira vez, mostrou as projeções de crescimento da economia  brasileira ficaram abaixo dos 2%. No começo de janeiro, a estimativa era de 2,53%.

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