A Intenção de Consumo das Famílias recuou 1,7% na passagem de abril para maio deste ano, segundo dados divulgados hoje (23) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com o resultado, o indicador caiu para 94,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
A queda foi provocada principalmente por avaliações mais negativas sobre a perspectiva de consumo (-3,6%) e sobre a perspectiva profissional (-3%). O único dos sete componentes a apresentar alta foi o nível de consumo atual (0,4%).
Confiança do Consumidor cai 2,9
O Índice de Confiança do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2,9 pontos na passagem de abril para maio.
Depois de quatro quedas consecutivas, o indicador acumula perda de 10 pontos e atingiu 86,6 pontos em uma escala de zero a 200. Esse é o menor patamar desde outubro do ano passado (85,4 pontos).

De abril para maio, a confiança dos
consumidores caiu em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de
Situação Atual (ISA) diminuiu 3,7 pontos, indo para 73,4. Houve queda de 3
pontos em relação ao otimismo em relação à economia e de 4,4 pontos sobre a
satisfação com as finanças familiares.
O Índice de Expectativas (IE) recuou 2,2 pontos, para 96,5 devido a quedas de
7,4 pontos em relação à evolução da economia e de 5,9 pontos no otimismo sobre
a situação financeira familiar.
De acordo com a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt, entre fevereiro e
abril a queda da confiança tinha sido associada à frustração de expectativas
com o ritmo da recuperação econômica e com os reflexos disso no mercado de
trabalho e na situação financeira das famílias.
Em maio, segundo ela, o resultado mostra um aumento expressivo da insatisfação
dos consumidores com a situação atual, principalmente entre as famílias com
renda mais baixa.
Da Redação com informações da ABr