O representante da União Ambientalista de Itabirito (UAI), Edton Araújo Barbosa, esteve na reunião da Câmara de Itabirito, na segunda-feira (30/10).
Na Tribuna, ele alertou os vereadores e a comunidade a respeito da provável futura desafetação (que, no caso, refere-se à mudança dos limites) da Estação Ecológica Estadual de Arêdes – proposta pela empresa Minar Mineração.
Segundo ele, já houve duas tentativas de mudar os limites da Estação, uma em 2014 e outra em 2017, que “foram rechaçadas na origem por serem inconstitucionais”, disse o ambientalista.
Contudo, desta vez, o projeto está em tramitação na Assembleia mineira e foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa.
Ao usar a tribuna, Edton explicou que a Estação está cercada por minerações.
Ele contou que no local, com quase 2.000 hectares, estão as nascentes mais altas do território itabiritense: Castanheira, Bugre e Arêdes.
Segundo o ambientalista, no limite da Estação de Arêdes, há um corredor de fauna e flora, “que a gente precisa preservar, que liga a Bacia do Velhas com a Bacia do Paraopeba”, afirmou.
Deste modo e de acordo com Edton, a área que “eles pretendem” desafetar é no coração de Arêdes. “Inclusive no estudo a lagoa que tem lá deverá ser aterrada (…). Vai interromper esse corredor ecológico de fauna e de flora (…). Os animais têm que circular, as abelhas têm que circular (…)”, desabafou.
Mesmo com a tramitação entre os deputados estaduais, o ambientalista afirma ser preciso mobilizar a sociedade itabiritense.
Ele salientou que a região de Arêdes, além das questões ambientais, é alvo de estudos arqueológicos que estão em andamento.
“Não se trata de uma questão ideológica ou partidária. Arêdes é a história primitiva de Itabirito. Itabirito começou lá. Nós temos sentimentos. Nós temos identificação com aquela área”, comentou o representante da UAI.
Foto: Acom/CMI