A mistura requintada do piano e dos trompetes do jazz com os acordes de violinos e violoncelos será apresentada no próximo concerto da Orquestra Ouro Preto. O repertório escolhido é a música impecável e sem fronteiras de um dos maiores nomes do gênero, o pianista e multiartista Duke Ellington (1899-1974).
Em live inédita, a primeira incursão jazzística da Orquestra promete uma experiência diferenciada que vai transportar o público para o clima intimista, típico da época áurea do ritmo nos Estados Unidos.
Famoso por sua enorme contribuição ao jazz e à música americana, Duke criou a combinação do jazz com o blues e o som das grandes orquestras de swing se tornando um dos músicos mais influentes do seu tempo. Ao lado da Duke Ellington Orchestra, o músico tocava o chamado estilo jungle, com arranjos minimalistas e a presença forte do trompete.
No concerto, o público irá apreciar sucessos como Take the ‘A’ train, In a sentimental mood e Sophisticated Lady e outros que já foram interpretados também por grandes nomes do jazz como Billie Holliday e Ella Fitzgerald.
O Maestro Rodrigo Toffolo ressalta que será a primeira vez que a Orquestra irá trabalhar o repertório. “O concerto será um convite para o público viajar ao mundo do jazz e conhecer a música de excelência de Duke Ellington, um artista gigante, referência por sua criatividade ímpar”.
Com arranjos de Maurício de Souza, a apresentação traz como convidado especial o renomado pianista brasileiro Cristian Budu, parceiro da Orquestra em outros concertos, tendo gravado recentemente o 12º disco do grupo.
Duke Ellington
Com mais de 200 álbuns gravados, o artista nova-iorquino, cuja história se confunde com a história do jazz, é talvez o mais importante jazzista que já existiu. Além de compositor, pianista e multi-instrumentista, Duke Ellington era também um maestro, visto que liderava uma orquestra que o acompanhava em suas apresentações, a Duke Ellington Orchestra. Juntos, fizeram imenso sucesso entre 1920 e 1960, influenciando uma geração de músicos que tocavam e exploravam o gênero naquela época, até os dias de hoje.