Lentidão da vacina em Minas é criticada por deputados

Estado não deve ficar a reboque do governo federal na compra de vacinas, e sim, deve adquiri-las por meio do consórcio do Sudeste ou mesmo sozinho, afirmam deputados na CPI dos fura fila.
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A lentidão do alcance da vacinação em Minas Gerais em comparação com outros estados foi um dos temas abordados pelos deputados no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ontem, (30). Parlamentares também trataram da necessidade de incluir trabalhadores dos serviços essenciais na fila prioritária da vacinação e de aumentar a aplicação de testes e rastreamentos do coronavírus.

Quem tratou da velocidade da vacinação foi o deputado Carlos Pimenta (PDT). Ao comparar o índice de vacinação em Minas Gerais, de 5,7%, com o de outros Estados, o parlamentar mostrou-se preocupado com o baixo desempenho mineiro nesse aspecto. No Amazonas, já foram vacinados 9,9%, no Rio Grande do Sul, 9,23% e Minas fica na parte de baixo da tabela.

Nesse sentido, Carlos Pimenta defende que o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheret, seja chamado à audiência na ALMG, para que possa propor ações que agilizem a vacinação nos municípios.

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Ele também sugere que o Estado não fique a reboque do governo federal na compra de vacinas, e sim, que possa adquiri-las por meio do consórcio do Sudeste ou mesmo sozinho. Ele fez um apelo ao governo para que libere recursos para: o kit intubação, que inclui anestésicos, relaxantes e outros medicamentos de intubar pacientes; e a compra de oxigênio utilizado no procedimento.

vacinação contra Covid-19 não é transparente

Para Cibele de Carvalho, sem padrão para procedimentos e prioridades, o número de mortes pode aumentar 

Representantes de médicos, dentistas, enfermeiros e fisioterapeutas ouvidos em CPI denunciam falta de coordenação.

A presidenta do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Cibele de Carvalho, disse,ontem (30), que nem todos os trabalhadores da linha de frente no atendimento a pacientes com Covid-19 foram vacinados em Minas Gerais e que a situação pior em imunização na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) está na Capital.

Ela afirmou reiteradas vezes que falta clareza na definição de procedimentos para a vacinação e que cada ente federado tem comportamentos diferentes. Cibele foi ouvida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Filas da Vacinação acerca dos critérios estabelecidos para definição dos grupos prioritários para aplicação da vacina.

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