A ação em conjunto das forças de segurança de Minas Gerais possibilitou a localização das dez vítimas do deslizamento de uma rocha em um cânion de Capitólio, no lago de Furnas, no segundo dia de operação.
Desde os primeiros momentos, as equipes se mobilizaram para atendimento e apoio às vítimas, ações de resgate e resposta, além da identificação e apuração das causas e danos provocados pelo deslizamento da rocha. Apesar da localização das vítimas, as buscas continuam até que os destroços e fragmentos corporais sejam totalmente retirados do local.
De acordo com o coronel Giuvaine Barbosa, do Corpo de Bombeiros, a ação mostrou eficiência na busca por amparo às famílias.
“O mais importante dessa operação é que todas as forças de segurança, apoiadas ainda pela Marinha do Brasil, estão trabalhando juntas em um sistema de comando de operações em que cada órgão está cuidando da sua atribuição. Isso faz com que a gente consiga trazer um conforto para a população e para os familiares das vítimas. Estamos empenhados e só vamos finalizar a operação quando não houver mais o que retirar do local”, ressalta Barbosa.
O tenente-coronel Jardel Trajano da Polícia Militar explica que a corporação atuou na coordenação das ações. “Tão logo tomamos conhecimento do fato, por meio de comunicado interno, buscamos auxiliar os demais órgãos do Estado com a coordenação das atividades. Auxiliamos também em relação ao deslocamento de feridos e atendimento nos respectivos hospitais da região”, destaca.
O sargento Wander da Silva, da Defesa Civil, que está à frente dos trabalhos do órgão na região, conta que novas ações devem ser tomadas nos próximos dias em conjunto com as prefeituras.
“A Defesa Civil de Capitólio já tinha tomado algumas medidas preventivas, como a interdição de alguns acessos para facilitar o trabalho do Corpo de Bombeiros e demais órgãos. Vamos fazer uma nova reunião com os prefeitos para serem estabelecidas outras normas que serão colocadas em prática para manter a segurança dos turistas da região”, diz.
Investigação
Das pessoas localizadas, duas já foram identificadas pela Polícia Civil e liberadas para que as famílias possam velar e sepultar de maneira digna as vítimas. Segundo o delegado Marcos Pimenta, devido à dinâmica do acidente, o trabalho da investigação tem sido minucioso, a fim de dar uma resposta aos familiares.
“A polícia trabalha com várias frentes de atuação, inclusive auxílio das famílias para identificação das vítimas. Devido à complexidade do acidente, as buscas estão localizando fragmentos corporais. Portanto, neste caso, existem dois tipos de identificação: a formal, com a liberação do corpo; e a precária, quando é feita por meio de tatuagens, aparelhos, vestimentas etc., que auxiliam a investigação a descobrir quem é a vítima”, explica o delegado.
Após o término da identificação e liberação de todas as vítimas, a investigação entrará em uma segunda etapa, em que o objetivo será apurar as causas e responsabilidades do ocorrido.