O ex-presidente Lula participou na noite desta segunda-feira (9), no Expominas, de ato de lançamento de sua pré-candidatura em Minas Gerias à Presidencia, junto representantes de movimentos sociais e centrais sindicais, além de presença maciça de militantes, apoiadores e representantes de partidos que apoiam sua candidatura.
Durante seu discurso, o ex-presidente lembrou os milhões de brasileiros na situação de insegurança alimentar. “Tem gente correndo atrás de carcaça, de osso, que vergonha. O povo está deixando de comer não porque falta comida, mas sim porque falta dinheiro, vergonha”, disse, completando que o país é o maior produtor de proteína animal do mundo.
Ele afirmou que não quer ser o candidato do PT, mas de um movimento das pessoas que ficaram desempregadas, dos 19 milhões passando fome…dos milhões que estão trabalhando nos aplicativos sem férias, sem seguridade social, sem descanso remunerado.
Ele argumentou que é possível aumentar o salário mínimo, cuidar da pequena e media agricultura, colocar humildes na universidade, colocar crianças em escolas técnicas, mandar filhos dos trabalhadores estudar no exterior, como no Ciência Sem Fronteiras, disse.
“Esse país era respeitado pelo mundo inteiro e hoje virou pária porque ninguém quer contato com esse presidente, que não representa o povo brasileiro”, afirmou.
Em aceno à mulheres, Lula disse que elas não podem permitir que um fascista continue na presidência, ao afirmar que elas são a maioria em número nesse país, mas é preciso transformar a maioria em decisão, em ação.
Frases:
“Não quero ser candidato do PT, mas de um movimento das pessoas que amam, que gostem de paz”
“Lembra que eles reclamavam que o aeroporto tinha virado uma rodoviária? Não é possível que as pessoas sigam achando que o pobre só gosta de coisa de segunda categoria”.
“A raiva não resolve o problema de ninguém. O que resolve é o amor. Por isso que eu, aos 76 anos, não estou com raiva. Estou apaixonado e vou casar para mostrar minha confiança no futuro desse país”.
“Esse país que sonhamos pode voltar a existir. Onde cada família é criada em harmonia, onde os filhos estudam e tem um emprego. Onde todos podem tirar proveito do que produzem”.
“Temos um adversário que representa o anti-amor, o anti-desenvolvimento. Que representa a ignorância, a violência, o fascismo. Mas o Brasil não nasceu para isso”.
Foto: Ricardo Stuckert