Mais de 3,3 milhões de pessoas procuram emprego há mais de dois anos, diz IBGE

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O cenário econômico brasileiro continua difícil, principalmente para os que procuram emprego. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (15), o país registra  3,347 milhões de desempregados que procuram emprego há, pelo menos, dois anos. Em um ano, ocorreu acréscimo de 196 mil pessoas, que estão em busca de emprego há dois anos ou mais.

As perspectivas indicadas pela atuação do governo de Jair Bolsonaro dizem que o quadro tende a piorar. “A proporção de pessoas a procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas têm crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura”, afirmou Adriana Beringuy.

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“Esse total era de 1,435 milhões de pessoas em 2015, um indicador com tendência de crescimento, em função da dificuldade da inserção no mercado de trabalho a partir do início da crise econômica”, ressaltou o IBGE.

Desigualdade

Com o grave quadro atual na economia e poucas expectativas de melhorias, a desigualdade tem aumentado em todas as avaliações trimestrais a partir de 2016.

A renda do trabalho do mais pobre caiu 18,1% em termos reais e a do 1% mais rico aumentou 9,5%.

Desemprego

A taxa caiu em dez das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados hoje (15) pelo IBGE. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.

Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a taxa subiu em duas unidades, Roraima (de 11,2% para 14,9%) e Distrito Federal (de 12,2% para 13,7%), e caiu em três: Amapá (de 21,3% para 16,9%), Alagoas (de 17,3% para 14,6%) e Minas Gerais (de 10,8% para 9,6%). Nas demais unidades, a taxa ficou estável.

Foto: José Cruz ABr/ César Itirerê FP

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