Marcha à ré: Brasil perderá status de país livre do sarampo

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“O Brasil perderá o certificado de país  livre do sarampo de acordo com o Ministério da Saúde que informou  nesta terça-feira (19), à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o registro de um caso de sarampo endêmico no Pará, em 23 de fevereiro deste ano.

A Opas havia certificado o país como livre da doença em 2016.

Em comunicado, o ministro Luiz Henrique Mandetta informou que as taxas de vacinação caíram muito nos últimos anos e precisam voltar ao patamar de 95%. Haverá exigência não condicional para matrículas em escolas, no serviço militar, programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde.

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Outra medida é a veiculação de uma campanha, em abril, para estimular a vacinação contra a doenças no estados do Amazonas, Roraima e Pará, que, desde o ano passado, registram a transmissão ativa do vírus. O foco da imunização são crianças de seis meses a menores de cinco anos, público com menor indicador imunização e mais vulnerável.

Os primeiros casos da doença foram identificados em fevereiro de 2018. A partir desses casos, o bloqueio vacinal foi intensificado, com campanhas específicas em Roraima e em Manaus no primeiro semestre. A campanha nacional para as crianças ocorreu em agosto.

Em 2018, o país teve 10.326 casos da doença, com pico em julho (3.950 casos).

A vacina contra o sarampo está disponível nos postos de saúde.

Sintomas são febre, tosse, corrimento nasal, olhos inflamados e manchas na pele

A doença provoca infecções respiratórias, otites, diarreia e doenças neurológicas. Algumas das sequelas são redução da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. Nos casos mais graves, o sarampo pode levar à morte.

O Brasil recebeu o certificado, em 2016, após a Opas ter considerado que o país havia eliminado a doença. No ano anterior, o país havia registrado os últimos casos da doença.” ABr

Foto: Marcelo Camargo

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