Minas Gerais recebe primeiras doses de vacina contra a dengue

Já foram registrados 36 óbitos por dengue no estado e 155 estão em investigação

Imunizantes Qdenga chegaram ao estado na manhã desta quinta-feira (22/2) sendo enviados pelo Ministério da Saúde para imunização de crianças.
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Minas Gerais recebeu, nesta quinta-feira (22/2), o primeiro lote de vacinas contra a dengue, Qdenga.
São 78.790 doses para iniciar a imunização dos mineiros de 10 e 11 anos.
Até o momento, há 36 óbitos confirmados por dengue no estado e 155 estão em investigação.

Os imunizantes chegaram à Central Estadual da Rede de Frio.

Eles serão distribuídos a 22 municípios das Unidades Regionais de Saúde de Belo Horizonte e de Coronel Fabriciano/Timóteo.

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As regiões de saúde selecionadas atendem a três critérios, definidos pelo Ministério da Saúde, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e da Organização Mundial de Saúde.

Características

Elas devem possuir pelo menos um município de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada no último período sazonal, e com maior predominância do sorotipo DENV-2.

Dos municípios que receberão a vacina, nove são da região de Saúde de Coronel Fabriciano/Timóteo (Coronel Fabriciano, Timóteo, Pingo D’água, Antônio Dias, Marliéria, Santa Maria de Itabira, Jaguaraçu, Dionísio e Córrego Novo).

Outros 13 são da região de Saúde de Belo Horizonte/Nova Lima Caeté (Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Nova Lima, Caeté, Rio Acima, Jaboticatubas, Raposos, Belo Vale, Moeda, Nova União e Taquaraçu de Minas).

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti alerta que, apesar do início do processo de imunização, durante este período de alta transmissão, é necessário manter outros cuidados contra a dengue.

Cuidados

“Minas Gerais começa a gerenciar a vacinação, com a primeira dose, das crianças de 10 e 11. Posteriormente serão vacinadas aquelas com 12, 13 e 14 anos. Mas é importante esclarecer que as vacinas são uma estratégia de proteção de médio e longo prazo. Para o momento crítico que estamos vivendo, ainda é necessário investir em outros cuidados, como não deixar água parada e procurar as unidades de saúde ao menor sinal de dengue”, salienta o secretário.

Para prevenir a proliferação do mosquito causador da dengue e chikungunya, é fundamental a adoção de ações de proteção coletiva.

Entre elas, a remoção de locais onde há acúmulo de água e eliminação de criadouros de mosquitos.

É preciso ainda fazer o tamponamento de caixas d’água e realização da limpeza das calhas.

Recomenda-se ainda, para a proteção individual contra a picada do mosquito, o uso de repelente, inclusive por pessoas com sintomas ou já diagnosticadas com dengue ou chikungunya.

Isto por que o mosquito pode se infectar ao picá-la e transmitir a doença para outros indivíduos.

Em relação à febre chikungunya, foram registrados 29.864 casos prováveis da doença, dos quais 19.256 foram confirmados.

Até o momento, cinco óbitos foram confirmados por chikungunya em Minas Gerais e 20 estão em investigação.

Foto: Fábio Marchetto/SES

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