O empresário Fernando Bittar poderá vender sua propriedade, o sítio de Atibaia, de acordo com despacho do MPF, no qual os procuradores da Lava Jato de Curitiba defendem requerimento do empresário, filho de antigo amigo de Lula.
O ex-presidente foi acusado e condenado por ser dono do sítio de Atibaia e além disso, ter recebido vantagens indevidas através da reforma do sítio.
Com a decisão, os procuradores da Lava Jato reconhecem o direito real do dono do sítio, de vender a propriedade e reforçam as afirmações da defesa de Lula de que o mesmo não é dono do sítio, conforme argumentos dos próprios procuradores.
Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro pela juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro, indicado como ministro da Justiça por Bolsonaro.
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Sua sentença foi criticada por ser uma cópia fiel da elaborada por Moro, no caso tríplex. À época foi considerada um literal “copia e cola’.
Lula sempre admitiu que frequentava o sítio dos amigos como convidado, mas os procuradores diziam na denúncia que o ex-presidente era o dono oficial, e que foi beneficiado por supostas obras feitas pela Odebrecht no local.
Bittar argumentou que “não mais frequenta o sítio, tendo interesse em sua venda imediata”, além de solicitar que fosse determinada a avaliação judicial. Segundo o advogado de Bittar, Alberto Toron, “a realização da venda nesses termos (com o depósito em Juízo do valor) cumpre, com muito mais efetividade, o propósito de confiscar os supostos produtos dos delitos, correspondentes aos valores gastos nas reformas”