O Ministério Público Federal pediu uma investigação sobre a formatação dos computadores do Palácio do Planalto, realizada após o segundo turno das eleições. Os aparelhos foram formatados e, com isso, todo o conteúdo foi apagado.
Segundo apuração do Metrópoles, os funcionários de informática foram informados que o sistema de antivírus da Presidência teria detectado uma ameaça em algumas estações de trabalho e, portanto, seria necessária a formatação dos computadores.
Em comunicado, a Procuradoria afirmou que “os fatos são graves e suficientes para instaurar uma investigação”. O MPF pediu à Secretaria-Geral da Presidência informações de quem partiu a ordem para a formatação dos computadores e se houve uma apuração sobre os possíveis responsáveis pela ameaça.
“O Ministério Público sustenta também que a Presidência da República não esclareceu se computadores foram formatados, se arquivos foram danificados ou apagados, se dados sensíveis foram vazados, se dados públicos foram perdidos ou se houve investigação sobre a origem do ataque”, afirmou ainda em comunicado.
“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências.”
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que “não houve vazamento, perda de dados institucionais e nem comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República”.
A pasta também informou que “os arquivos institucionais ficam armazenados em servidor de arquivos no Centro de Dados da Presidência da República e que a política de segurança prevê o backup regular desses dados, bem como a conscientização dos colaboradores quanto à abertura de arquivos ou links suspeitos recebidos por e-mail ou outras fontes”.