Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) hoje (15) prendeu temporariamente, por 30 dias, oito funcionários da Vale. A ação teve participação das polícias civis e militares dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Os presos são suspeitos de responsabilidade criminal pelo rompimento da Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão. Entre os presos estão quatro gerentes e quatro técnicos diretamente envolvidos na segurança e estabilidade do empreendimento. Eles foram encaminhados para Belo Horizonte, onde serão ouvidos pelo MPMG. Além dos crimes de homicídio qualificado, eles poderão responder por crimes ambientais e falsidade ideológica.
Estão sendo cumpridos ainda 14 mandados de busca e apreensão nos três estados, incluindo a sede da empresa Vale no Rio. Foram levados pelos agentes computadores e documentos em diferentes endereços.
Também são alvos dos mandados de busca e apreensão quatro funcionários da empresa alemã Tüv Süd, que prestou serviços de estabilização da barragem rompida para a Vale, entre eles, um diretor.
Há duas semanas, o MPMG, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal conduziram outra ação em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho, que resultou na prisão temporária de três funcionários da Vale responsáveis pelo empreendimento e dois engenheiros terceirizados que atestaram a segurança da barragem. Eles foram liberados após decisão de uma junta do STF, pelo placar de 6 x 0.
Foto: Corpo Bombeiros MG/ Ricardo Stuckert