Nas ondas de Zema, Itabira volta para a fase Vermelha

Itabira já contabiliza 352 vítimas fatais e mais de 20.000 pessoas contaminadas pelo coronavírus. População deve seguir vigilante, pede prefeito

Cemitério da Paz recebeu a maioria das vítimas da pandemia em Itabira.
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A regressão da microrregião de Itabira para a Onda Vermelha do “programa Minas (in)Consciente “, provocou alterações no decreto municipal que disciplina as atividades durante a vigência do estado de calamidade provocado pela pandemia de Covid-19. As mudanças entrarão em vigor a partir da próxima segunda-feira (30).

O decreto 1.340/2021 traz modificações no quantitativo de público permitido em eventos e no horário de funcionamento de bares e restaurantes. Os eventos deverão ter público máximo limitado à capacidade de 10% do total de metros quadrados úteis do espaço em ambientes fechados e 30% em ambientes ao ar livre. Deverá ser respeitado o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas. Além disso, os eventos só poderão ser realizados entre 8h e 21h, com limite de 5 horas de duração dentro dessa faixa horária.

Já o horário de funcionamento de bares e restaurantes será de 8h até às 23h30, com meia hora de tolerância para encerramento dos trabalhos. As mesas deverão estar distantes 1,5 metro uma da outra. Demais regras já consolidadas nos outros decretos, como disponibilização de álcool em gel, uso obrigatório de máscaras fora da mesa, vedação ao consumo em pé e outras, continuam valendo.

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Vai e vem nas ondas coloridas de Zema


Itabira já contabiliza 352 vítimas fatais e mais de 20.000 pessoas contaminadas pelo coronavírus. População deve seguir vigilante, pede prefeito

A microrregião de Itabira retorna à Onda Vermelha após quatro meses variando entre as ondas Amarela e Verde. A nova configuração abrange os 14 municípios da microrregião que tem Itabira como referência assistencial. Segundo a secretária municipal de Saúde, Luciana Sampaio, um conjunto de fatores contribuiu para a regressão.

Luciana observa o aumento de casos positivos registrados na Microrregião Assistencial de Saúde de Itabira (composta por 14 municípios) e em Itabira também desde a última semana, mesmo com o ritmo de transmissão (Rt) na cidade variando abaixo de 1. Um fator observado é que o crescimento do índice de positividade não tem refletido em internações ou óbitos. Nesta sexta-feira, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid está em 27%, com apenas metade dos pacientes oriundos de Itabira.

A avaliação do Minas Consciente, no entanto, leva em consideração dados da semana passada, quando a ocupação nas UTIs ultrapassou a casa dos 70%. Os pacientes, porém, eram em maioria de outras cidades da microrregião.

“O que temos percebido é que, de fato, existe um crescimento no número de casos. Isso, aliado a outros fatores, nos levou à Onda Vermelha. Porém, o cenário de hoje não é nem parecido com o que já vivemos meses atrás. É um cenário preocupante, claro, mas muito mais tranquilo que aquele da Onda Roxa ou quando migrávamos para a Onda Vermelha, em abril. Isso nos possibilita não fazer alterações muito profundas nas regras. Contudo, seguiremos observando os nossos números e atentos aos novos passos”, comenta a secretária Luciana Sampaio.

Vacinação em Itabira. Foto: AcomPMI

Já o prefeito Marco Antônio Lage pede que a população continue parceira do município no combate à Covid-19. “Tivemos uma melhora evidente no quadro nos últimos meses, avançamos com flexibilizações, mas não podemos correr o risco de acreditar que já temos uma vida normal. A vacinação avança, as internações e os óbitos reduziram consideravelmente, mas a pandemia continua, ainda é uma companhia ingrata que temos que conviver. Por isso, pedimos que o itabirano siga vigilante e nos ajude a seguir avançando. Não podemos regredir agora”, disse o prefeito, no dia do anúncio da regressão á onda vermelha.

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