Nova captação no rio Paraopeba vai restabelecer segurança ao abastecimento de água da RMBH

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O governo mineiro, através do Sistema Estadual de Meio Ambiente (sistema) deu autorização, através de Portaria, para que a Copasa, capte 5 mil litros por segundo (l/s) no Rio Paraopeba, para garantir o abastecimento na região metropolitana de Belo Horizonte, através de nova área de captação, distante 2,3 quilômetros acima do trecho do Paraopeba que foi impactado pelos rejeitos que vazaram da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão, em janeiro.

A 2,3 kms de distância abaixo da nova captação, rio foi atingido por lama do Córrego do Feijão. Foto: Funai

 A nova estrutura vai substituir a captação paralisada, que foi comprometida pelo rompimento, promovendo assim o resgate do cenário de captação anterior ao desastre. Os custos das obras de infraestrutura necessária para a implantação serão de responsabilidade da mineradora Vale, como uma das medidas compensatórias.

O sistema será composto também por 13,4 quilômetros de redes adutoras com 1,5 mil milímetros de diâmetro e seis conjuntos motobombas, com vazão de 1 mil litros por segundo e potência de 2.750 cavalos (CV), para bombear a água até a Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Manso. Com início programado para este mês de setembro, as obras têm previsão de serem concluídas em até 12 meses.

Prioridade

O Igam e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) estão trabalhando prioritariamente para apoiar todas as ações que possam fortalecer a segurança hídrica da RMBH.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, este é um importante passo para atendimento à demanda do abastecimento público, que é prioritária para a população e o governo. “Trata-se de um passo concreto para garantia da segurança hídrica da região metropolitana, que é beneficiada por essa captação”, afirma.

Capital mineira e região metropolitana terão mais garantia de abastecimento de água com nova captação a ser custeada pela mineradora Vale, em uma das medidas compensatórias firmadas com órgão públicos e poder judiciário. Foto: UFMG

As obras podem ser iniciadas assim que ocorrer a publicação da outorga, afirmou o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Guilherme Frasson, para  assegurar que o abastecimento na RMBH volte à sua normalidade”, comentou.

O secretário Germano Vieira ainda destacou que diversas ações  vêm sendo conduzidas junto aos 23 municípios da calha do Paraopeba para garantia da universalização do saneamento básico a toda essa população, com reflexos na qualidade do rio, importante afluente do Rio São Francisco.

Foto Capa: Copasa

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