Novas mensagens mostram que Moro e Dallagnol agiam em conluio com ministro do STF

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O editor do The Intercept Brasil divulgou nesta quarta (12) trocas de conversas que mostram que o juiz Moro, o procurador Deltan Dallagnol  e o o ministro do Supremo Tribunal Feral, Luiz Fux  atuavam em sintonia na Lava Jato.

O portal The Intercept Brasil, que revelou no último domingo (9) o conluio entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, divulgou nesta quarta-feira (12) trocas de mensagens que demonstram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também fazia parte do esquema e atuava em sintonia com os dois. O vazamento foi feito pelo editor executivo do portal, Leandro Demori, em conversa com o articulista Reinaldo Azevedo, da Bandeirantes.

Atual ministro da Justiça e Procurador Deltan Dellagnol são denunciados pelo site The Intercept de agirem fora da lei. Foto: reprodução

As conversas vazadas mostram que Dallagnol assumiu ao menos uma vez o papel de interlocutor entre Moro e Fux. Em uma das mensagens ao grupo de procuradores da Lava Jato, ele teria escrito: “Caros, conversei com Fux mais uma vez hoje. Reservado, claro. Ele disse que Teori [Zavascki] fez queda de braço com Moro e se queimou. Fux disse para contarmos com ele para o que precisarmos mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, me chamar para ir à casa dele”.

Dallagnol copiou a mesma mensagem, segundo o The Intercept, e encaminhou para Moro, que teria respondido: “Excelente, in Fux we trust  (que, em portugês, significa: ‘No Fux nós confiamos’”.)

Fux é ministro do STF desde 2011 e foi o responsável pela liminar que impediu o ex-presidente Lulaa de dar entrevistas. Ele também negou habeas corpus ao petista quando a defesa recorreu ao Supremo.

A conversa divulgada entre os agentes da Lava Jato e Luiz Fux  é a primeira com trechos de participação de um ministro do STF.

O The Intercept afirma que tem longo material e o divulgará parceladamente. Assim, novas surpresas devem surgir nos próximos dias. Até o momento, nenhum dos três envolvidos se manifestou sobre as novas publicações do site coordenado pelo jornalista Glenn Greenwald.

Foto capa: Moreira Moriz Agência Senado

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