O número de mortos em uma série de explosões que atingiram o Sri Lanka no domingo subiu para 310, e mais de 500 ficaram feridas, informou a polícia nesta terça-feira (23).
Outra pequena explosão ocorreu em Kochchikade, na capital Colombo, na noite de segunda-feira (22), quando o Esquadrão de Eliminação de Bombas estava tentando desarmar um dispositivo explosivo encontrado em um veículo abandonado. Ninguém ficou ferido.
O porta-voz da polícia Ruwan Gunasekara disse que até agora 26 suspeitos foram presos em todo o país e que as operações de busca estão em andamento para capturar mais envolvidos. Ele disse que a segurança permanecerá reforçada em todo o país e pediu que as pessoas evitem se reunir em locais públicos.
Alarme de atentados foi ignorado
O governo atribui ao National Thowheeth Jama’ath (Ntj), um grupo terrorista islâmico local, a responsabilidade dos ataques que causaram 310 mortes e 500 feridos. De acordo com o chefe da polícia do Sri Lanka, Pujuth Jayasundara, foi emitido um aviso de inteligência para altos funcionários há 10 dias, alertando que os agressores suicidas estavam planejando atingir “igrejas importantes”. “Uma agência de inteligência estrangeira informou que os terroristas do “National Thowheeth Jama’ath” estavam planejando cometer ataques suicidas contra igrejas proeminentes”, disse o chefe da polícia.
O Ntj é um grupo muçulmano radical no Sri Lanka que, no ano passado, esteve ligado à destruição de estátuas budistas. O primeiro-ministro Ranil Wickremesing reconheceu que “as informações existiam” sobre possíveis ataques e que uma investigação irá examinar “por que precauções adequadas não foram tomadas”.
Foto capa: Madasanks Sirirdana