O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) embargou as obras que estavam sendo realizadas na Rua Conde de Bobadela, mais conhecida como Rua Direita, no centro histórico de Ouro Preto. O embargo foi no dia 10 de agosto.
De acordo com a prefeitura, eram feitas quatro intervenções no local: restauração no calçamento e na rede de esgoto, implantação de fibra óptica e de um sistema de combate a incêndios.
O Iphan determinou o embargo após uma fiscalização apontar a realização de intervenções de escavação, sem prévia autorização. As obras começaram a ser feitas no dia 7 de junho.
O que diz a Prefeitura de Ouro Preto
O secretário municipal de Obras de Ouro Preto, Antônio Simões Neto, que o Executivo realmente não tinha a documentação adequada com relação às escavações, mas ressaltou que o restante estava regular.
Angelo Oswaldo, prefeito da cidade, lembrou a memória e aniversário de Rodrigo Melo Franco de Andrade, fez referência à data e disse que aguarda uma palavra de bom senso e objetividade do Iphan. Ele lembrou que já ocupou o cargo de presidente do Iphan, para cobrar mais agilidade do Instituto para superar o embargo decretado no último dia 10 de agosto e a consequente paralisação das intervenções no piso de umas das principais vias do centro histórico de Ouro Preto,
“ Aguardo a suspensão, que considero equivocada. A rua Direita foi aberta várias vezes, mexida e virada desde a época do ex-prefeito Alberto Karan, e não há nenhuma necessidade de intervenção arqueológica”, disse.
Ele afirmou que jamais autorizaria uma ação incorreta e cobrou a aprovação do projeto do Parque Arqueológico do Morro da Queimada, em análise no instituto.
Foto: saneouro