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Onda de calor em Minas Gerais pode superar os 39°C e aumentar o risco de incêndios florestais no estado

Segundo estimativa do IEF, cerca de 97% das queimadas são decorrentes de ação humana.

Previsão é de termômetros 5°C acima da média nas regiões do Triângulo e Norte de Minas, por até cinco dias consecutivos. Região dos Inconfidentes também afetada pelas altas temperaturas.

A onda de calor que chegou ao Brasil esta semana provoca elevação da temperatura de todas as regiões de Minas Gerais, podendo superar os 39°C no Norte e Triângulo Mineiro.

A previsão indica possibilidade de os termômetros estarem 5°C acima da média nas regiões do Triângulo e Norte de Minas, por até cinco dias consecutivos.
Além do impacto para a saúde humana, o fenômeno representa um aumento do risco de incêndios florestais no estado.

Até o dia 18 e 22/9 (sexta-feira), há uma forte massa de ar seco e quente ganhando força sobre Minas Gerais, com máximas superando os 31°C em todas as regiões do estado.
As temperaturas podem chegar a 38°C, em períodos da tarde, em áreas do Noroeste, Central Mineira, Oeste, Sul e Alto Paranaíba.
Ela pode variar de 31°C e 34°C, à tarde, em áreas da Zona da Mata, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri e Jequitinhonha.

Já no Norte de Minas e Triângulo, há um fluxo de vento que está advectando (transferência de calor ou matéria pelo fluxo de um fluido, especialmente na atmosfera ou no mar) ar quente para o Sul do país.
Desta forma, deverá, a partir da quarta-feira (20), elevar as temperaturas no setor oeste do Triângulo Mineiro, região que também faz divisa com os estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
As máximas neste setor deverão ser em torno dos 39°C.

“A onda de calor é um período prolongado de tempo excessivamente quente e desconfortável, em que as temperaturas ficam acima de um valor normal esperado para aquela região em determinado período do ano. Geralmente, é adotado um período mínimo de três dias com temperaturas 5°C acima dos valores máximos médios”, explica a diretora de Operações e Eventos Críticos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Wanderlene Nacif.

Incêndios florestais

O calor extremo cria condições propícias para o surgimento de incêndios florestais, representando uma ameaça aos ecossistemas e à fauna que neles habita.
De acordo com o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Rodrigo Bueno Belo, as altas temperaturas representam um risco elevado para a propagação das chamas nas Unidades de Conservação (UCs).

“Como não há uma previsão de chuva, esse cenário se torna ainda mais crítico. Estamos alertando nossas equipes e mobilizando mais aviões para fazermos o combate das chamas”, comenta Rodrigo Belo.
Em relação aos incêndios florestais, moradores de áreas vulneráveis devem evitar atividades que possam causar faíscas, como queimadas não autorizadas, e denunciar qualquer comportamento suspeito às autoridades.

Mudanças Climáticas

A onda de calor está intrinsecamente ligada às mudanças climáticas.
Conforme as concentrações de Gases de Efeito Estufa (GEE) que continuam a aumentar na atmosfera, é esperado que as ondas se tornem mais frequentes, intensas e prejudiciais em todo o mundo.

De acordo com documento do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e da Defesa Civil do Brasil, em caso de calor extremo deve-se evitar a exposição ao sol durante os horários de maior calor; beber água a cada duas horas; usar roupas leves; consumir alimentos leves, como frutas e verduras; entre outras.
As pessoas com maior risco de sofrer complicações ou morte durante uma onda de calor são crianças, idosos e pessoas com condições crônicas que requerem medicação diária.

Foto: MetSul e CBHvelhas

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