Onda Roxa em Monlevade: Prefeito recebe lojistas após protesto e carreata

Desde o início da pandemia, lojistas e comerciantes reclamam de medidas restritivas; porém, nunca protestaram contra falta de vacinas. Foto: Dindão/PMJM
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O prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro (PT), e o vice-prefeito, Fabrício Lopes (Avante), receberam hoje (5) representantes de um grupo de lojistas da cidade. Os comerciantes protestam contra as regras de enfrentamento de combate à Covid-19, impostas pelo governo estadual, por meio da Onda Roxa do Programa Minas Consciente. As regras estão em vigor no município.
Alguns lojistas promoveram uma carreata com intuito de chamar atenção para o Decreto da Onda Roxa do Governo do Estado. A mobilização terminou na porta da prefeitura.
Após a carreata, uma comissão foi designada a se reunir com o prefeito Dr. Laércio, apresentando reivindicações e sugestões.
A reunião ocorreu no gabinete e contou com a participação do procurador geral do município, Hugo Martins, do chefe de gabinete, Geraldo Giovane Silva, do assessor de comunicação, Geraldo Magela “Dindão” Gonçalves e o líder do governo na Câmara, vereador Belmar Diniz (PT)
Durante a reunião, os lojistas manifestaram preocupação com a situação da pandemia em João Monlevade, alegando que estão sensíveis ao colapso do Hospital Margarida. Porém, eles reclamam que a Onda Roxa não surtiu efeito, ocorrendo aglomerações. Os comerciais afirmam também que os pequenos estabelecimentos foram os mais prejudicados.
Segundo os lojistas, o decreto que a prefeitura havia editado anteriormente estaria muito mais adequado e justo que o atual do governo do estado.
Dr. Laércio Ribeiro, ao receber os lojistas deixou claro que sempre estará aberto ao diálogo. O chefe do Executivo explicou que as regras atuais são uma imposição do Governo Estadual diante do avanço do coronavírus na cidade e em todo o Estado. O prefeito argumentou que o município pode aumentar as restrições, mas não pode flexibilizar mais do que a Onda Roxa permite.
Já o vice-prefeito, Fabrício Lopes, mencionou que, além de não se poder flexibilizar, diante a imposição do governo estadual, uma flexibilização no momento é inimaginável, lembrando que atualmente a taxa de ocupação dos leitos especializados no atendimento a pacientes com Covid-19 no Hospital Margarida está muito acima de sua capacidade.
Os representantes dos lojistas foram taxativos que o justo seria – “Ou abre tudo ou fecha tudo”, mas entenderam que a ordem é do governo estadual e relataram ainda as dificuldades enfrentadas pela categoria, informando sobre o grande número de lojas que irão fechar caso a situação continue.
O prefeito se disse sensibilizado com a situação, lembrando que foi justamente para proteger os pequenos lojistas que havia editado decreto na semana retrasada e que havia sido elogiado por estes.
Na oportunidade, Dr. Laércio solicitou dos lojistas sugestões para incrementar o novo decreto que a prefeitura está preparando para que atenda os anseios da categoria – que reclamaram também que os grandes supermercados abrem e comercializam as mesmas mercadorias que eles vendem – sendo sugerido que estes devem estar liberados para venderem apenas gêneros alimentícios.
Ao final da reunião foi acordado com a comissão que a atual administração se compromete a estudar mais formas de restringir aglomerações, sendo que o objetivo é diminuir a incidência de casos de coronavírus, reduzindo a taxa de ocupação dos leitos no hospital, salvando vidas e permitindo que o município saia mais rápido da Onda Roxa.
Um novo decreto mais restritivo ficou de ser publicado ainda esta semana com término no dia 12, quando uma nova reunião será realizada com o grupo.

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