O ambientalista Jarbas Lemes, falando em nome da Sociedade Protetora dos Animais Vidanimal, ocupou a Tribuna da Câmara, na segunda-feira (28/8), durante reunião ordinária.
Jarbas explanou sobre os vários trabalhos desenvolvidos pela entidade que, segundo ele, só são possíveis por meio das emendas impositivas dadas por vereadores para a causa animal.
Com base na futura inauguração do Parque Agropecuário de Itabirito, Jarbas pediu que, entre as várias atividades previstas (campeonatos de marcha, leilões, shows etc), que somente duas não aconteçam: a vaquejada e o rodeio.
Para ele, essas duas ações significam maus-tratos aos animais.
A discussão se desenvolve por causa do Projeto de Lei (PL) 184 de 2023 (que tem como base o artigo 215 da Constituição Federal). Tal PL deu entrada na mesma segunda-feira e reconhece o rodeio como manifestação cultural e pratica desportiva e, também, “estabelece normas de proteção e integridade física dos animais”.
Daniel Samora, profissional de rodeio, que já foi da Internacional Bull Riders Brasil, esteve na reunião. Ele afirmou que o rodeio, especificamente, não pode ser considerado maus-tratos. Opinou dizendo que a vida de um touro de rodeio “tem mais valor que de um peão”, que os animais convivem com pessoas e são normalmente mansos, além de muito bem tratados.
Daniel disse ainda que o sedém, usado nas provas, não aperta os testículos do touro, apenas a barriga. E que animal tem a impressão de que está sendo atacado por um predador. “Por isso, ele pula”, afirmou.
Segundo o profissional de rodeio, a roseta (espora) usada pelo peão é de ponta lisa.