ONU pede à Armênia e ao Azerbaijão respeito ao cessar-fogo

Cessar-fogo estabelecido para entrar em vigor no domingo passado ainda é sonho na região. Foto: pictures alliance/AP/N. Stepanyan
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Os países-membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram à Armênia e ao Azerbaijão que respeitem o cessar-fogo, previsto para entrar em vigor no domingo (18), na região de Nagorno-Karabakh.

Numa reunião a portas fechadas na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Conselho de Segurança analisou a situação do pequeno território montanhoso, onde o reinício dos combates, em 27 de setembro, já deixou centenas de vítimas.

No encontro, organizado a pedido da França, da Rússia e dos Estados Unidos, os 15 países-membros do conselho juntaram-se ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, para que a trégua seja respeitada.

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No sábado 17), Guterres condenou os ataques contra a população de Nagorno-Karabakh, em violação da trégua humanitária, acertada no mesmo dia.

“Todas as intervenções dizem a mesma coisa: a situação é má, e as duas partes devem parar e levar em conta os apelos do secretário-geral para um cessar-fogo”, afirmaram vários diplomatas.

A Rússia, que ocupa atualmente a presidência rotativa do conselho, trabalha em uma declaração nesse sentido, acrescentaram.

O texto, cujo conteúdo deverá ser aprovado esta semana pelos países-membros, vai também recomendar à Armênia e ao Azerbaijão que retomem as negociações sob a intermediação do grupo de Minsk, codirigido pela França, Rússia e os Estados Unidos.

Origem do conflito

Foto do Ministério da Defesa armênio mostra tanque adversário sendo destruído em imagem dos primeiros dias do conflito, em setembro passado.


A região de Nagorno-Karabakh, cuja população é maioritariamente armênia cristã, separou-se do Azerbaijão, muçulmano xiita turcófono, pouco antes da dissolução da antiga União Soviética, em 1991.

A secessão desencadeou uma guerra que causou 30 mil mortos. Em 1994, entrou em vigor um cessar-fogo, marcado por vários conflitos esporádicos, até 27 de setembro passado. Abr