Operação Escola Segura: Justiça pede exclusão de 270 contas do Twitter

Perfis divulgam hashtags relacionadas a ataques em colégios

Operação Escola Segura: Justiça pede exclusão de 270 contas do Twitter
O ministro da Justiça, Flavio Dino, durante coletiva no Ministério da Justiça
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) agiu rapidamente para solicitar a retirada de 270 contas do Twitter que propagavam hashtags relacionadas a ataques contra escolas em todo o país. Através do uso de hashtags, termos ou palavras associados a uma informação ou discussão que são indexados por aplicativos como Twitter e Facebook, os criadores dessas postagens estavam disseminando mensagens violentas e prejudiciais.

Tanto os conteúdos quanto os autores estão sob investigação e mandados de busca foram cumpridos, resultando na apreensão de sete armas e na prisão de um suspeito.

A plataforma Tik Tok também foi notificada pelo MJSP para desativar duas contas que estavam transmitindo conteúdo que incitava medo nas famílias.

A Operação Escola Segura do MJSP identificou mais de 80 perfis que tiveram seus links removidos após a violação da política da plataforma. O conteúdo desses links foi preservado para facilitar as investigações em andamento. Além disso, para prevenir ataques em escolas em todo o Brasil, as delegacias locais de crimes cibernéticos estão monitorando ameaças e trabalhando em parceria com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJSP, que funciona 24 horas por dia. Qualquer cidadão também pode denunciar ameaças relacionadas à segurança escolar através do site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Operação Escola Segura integra o esforço conjunto de 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (Polícias Civis e Polícia Militar) em todo o Brasil. A operação será contínua e sem prazo determinado, com centenas de profissionais empenhados.

Desde o triste incidente ocorrido em escola de Blumenau (SC) na última quarta-feira, em que quatro crianças perderam a vida e pelo menos outras cinco ficaram feridas, o Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP tem apoiado o Grupo de Trabalho Interministerial na busca de informações sobre possíveis ameaças a escolas através de monitoramento em redes sociais. O Ciberlab tem recursos técnicos avançados para rastrear a origem de crimes virtuais e identificar os responsáveis. Portanto, a partir de agora, a equipe também tem um papel importante a desempenhar na prevenção de ataques às escolas e creches em todo o país. O MJSP está empenhado em garantir a segurança das nossas escolas e proteger nossas crianças e jovens, através da contínua investigação e monitoramento das atividades cibernéticas.

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