Início Cidades Belo Horizonte Pacientes nos corredores, ausência de médicos e estruturas danificadas: realidade em hospitais...

Pacientes nos corredores, ausência de médicos e estruturas danificadas: realidade em hospitais fiscalizados pelo TCE

Diagnóstico é resultado do trabalho de equipe de fiscalização do Tribunal de Contas em várias unidades na capital e interior mineiro ontem, 06/11. Na imagem, pacientes recebem medicamentos em corredor de UAI Morumbi, em Uberlândia.

A fiscalização do Tribunal de Contas mineiro em unidades de saúde por todo o Estado teve continuidade nesta quarta-feira (06/11).
Para a verificação, auditores do TCEMG estiveram em 13 hospitais e UPAs, de diversas regiões de Minas, ao longo de todo o dia, e encontraram diversas irregularidades.
Entre elas, a falta dos médicos designados em escala, pacientes em corredores, incubadoras estragadas, inexistência de controle da frequência de médicos, remédios vencidos, falhas nos armazenamentos de medicamentos e estruturas danificadas, como entulhos, mofos nas paredes e resíduos descartados irregularmente

Em Belo Horizonte, os hospitais Júlia Kubitschek, no Barreiro, e Risoleta Neves, em Venda Nova, foram fiscalizados pelo Tribunal.
No Hospital Júlia Kubitschek, os analistas do TCEMG encontraram registros de médicos com pontos de saída assinados previamente.
Além disso, não havia a divulgação das especialidades médicas ofertadas na unidade em local visível ao público.
No Risoleta Neves, os problemas envolveram os banheiros, com sanitários interditados e sem acessibilidade.

Pacientes sendo atendidos em macas nos corredores, escala médica desatualizada na recepção, entulhos e leitos estragados na área externa e almoxarifado de medicamentos com umidade e manchas nas paredes.
Esse foram os achados no Hospital Municipal Francisco Gonçalves, em Pedro Leopoldo.

Nos hospitais Doutor Moisés Freire, em Pirapora, e Renato Azeredo, em Nanuque, os auditores constataram ausência de médicos escalados para o trabalho.
Em Nanuque, dos sete médicos em escala, apenas três estavam na unidade.
O controle de ponto dos médicos foi problema no Hospital Municipal de Paracatu, no Pronto Atendimento Deusdeth Ferreira, em Corinto, e no Hospital São Vicente de Paulo, em Araçuaí.
Nesse hospital foram encontradas, ainda, incubadoras para recém-nascidos estragadas e pacientes em macas nos corredores.

Método

A Fiscalização Ordenada da Saúde acontece de forma simultânea em todo o estado e tem o objetivo de analisar como está sendo feita a prestação de serviços nas unidades públicas de saúde.
Entre terça e quarta-feira, 54 hospitais e unidades de pronto-atendimento foram fiscalizadas. Na noite de ontem (06/11), os analistas estão nos seguintes equipamentos de saúde:
Barbacena – Hospital Regional Dr. José Américo
Ouro Preto – UPA Dom Orione
Para de Minas – Hospital Nossa Senhora da Conceição
Pará de Minas – UPA 24h
Montes Claros – Santa Casa
Campo Belo – UPA José Belchior
Alfenas – Santa Casa
Cruzília – Hospital Dr. Cândido Junqueira
Passos – UPA Santa Luzia
Santa Rita do Sapucaí – Hospital Antônio Moreira da Costa
Uberlândia – UAI Morumbi
Governador Valadares – UPA 24h Vila Isa
Manhuaçu – Hospital César Leite
Ponte Nova – Hospital Arnaldo Gavazza

Fonte e foto: TCE/MG

Sair da versão mobile