Parlamento francês aprova moção de censura e derruba primeiro-ministro

Crise política na França

Presidente Macron sofre nova derrota política, desta vez no parlamento, com união da esquerda e direita para derrubar primeiro ministro, uma indicação controversa de seu governo.
Publicidade _

A Assembleia Nacional de França votou a favor da destituição do primeiro-ministro Michel Barnier, cuja candidatura para o cargo foi apoiada pelo presidente Emmanuel Macron.
Uma moção de censura foi aprovada no parlamento francês por 331 votos.
Com isso, Barnier, que estava no cargo há cerca de 3 meses, deve entregar a sua demissão ao presidente Emmanuel Macron nas próximas horas.
A moção de censura foi votada por deputados da esquerda e da extrema-direita, em união inédita entre os partidos políticos, e aprovada com 43 votos a mais do que o limite exigido de 288.
Dessa forma, o governo de Barnier torna-se o mais curto na França. Situação semelhante não ocorria no país desde 1962.
Após a aprovação da moção, líder do partido Reagrupamento Nacional, da direita francesa, Marine Le Pen, alertou que a pressão está aumentando sobre o Macron, embora tenha esclarecido que não está pedindo a sua demissão.

Presidente françês Emmanuel Macron participou no mês passado da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, e teve encontro com Lula


Na terça-feira (3), Macron anunciou que não renunciaria, mesmo se a oposição conseguisse obter a aprovação da moção de censura, e que permanecerá até ao final do seu mandato.
“Fui eleito duas vezes pelo povo francês e estou extremamente orgulhoso disso’, disse Macron.
“Honrarei essa confiança com todas as minhas energias, até ao último segundo, para ser útil ao país”, acrescentou.

Foto: Chrssthophe Petit Tesson/EFE e Ricardo Stuckert

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE