Peça “Uma Shirley qualquer”, encerra temporada 2021 no Instituto Unimed em Casa

No formato on-line e ao vivo, apresentação será gratuita, no dia 02 de dezembro, às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

Uma Shirley Qualquer: versão brasileira de Miguel Falabella, peça celebra os 60 anos de carreira da atriz Suzana Vieira, em espetáculo único.
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Sucesso de público, com mais de três mil espectadores em apenas quatro semanas atualmente em cartaz no Rio de Janeiro, a peça “Uma Shirley Qualquer”, com Susana Vieira, encerra a temporada 2021 do projeto Palco Instituto Unimed-BH em Casa, com única apresentação on-line e gratuita.
O êxito do espetáculo confirma a atualidade do texto escrito em 1986, com versão nacional de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar, para celebrar os 60 anos de carreira da atriz, uma das mais importantes da dramaturgia brasileira.

A montagem é uma nova leitura para o clássico ‘Shirley Valentine’, de Willy Russel, que já teve encenações premiadas no Brasil e um filme de sucesso. Susana fez uma breve turnê nacional em 2016, chegando a São Paulo em 2017, com direção do próprio Miguel Falabella. Tadeu Aguiar assina a nova encenação. Depois da temporada inicial, o espetáculo seguirá para Portugal, em fevereiro de 2022.

O espetáculo conquista plateias do mundo inteiro desde sua primeira versão, em 1986, quando estreou em Londres, tendo sido agraciado com o prêmio Laurence Olivier Awards de melhor comédia e de melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989, entrou em cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo ano, estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro e vencedora do British Academy Film Award.

Uma Shirley Qualquer vai para Portugal em 2022. Foto: Roberto Filho

Casada, mãe de dois filhos, Shirley Valentim convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. Atire a primeira pedra quem nunca conversou com as paredes em uma situação como essas! Elas podem não ser as companheiras mais eloquentes, mas ao menos sabem ouvir, qualidade cada vez mais rara. Que o diga Shirley! É com elas que a protagonista divide suas angústias, relembra as situações inusitadas – e mesmo engraçadas – que marcam sua trajetória e busca entender para onde foram os seus sonhos.

A peça traz essa protagonista solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Shirley decide embarcar nessa viagem – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu. Shirley está cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos, Milandra e Jorge, cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.

Quando Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer? Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia.

A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.
Vale colocar na agenda e curtir essa Shirley.

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