Pocket Show de MAC Júlia e a flautista Marcela Nunes no Memorial Vale

Atrações deste sábado e domingo mostram os projetos Diversidade Periférica e Memorial Instrumental

Também conhecida como Dona Onça, Mac Júlia mostrará seus talentos artísticos. Foto: Bruno Queiroz
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Neste sábado (25), às 20 horas, o projeto Diversidade Periférica recebe MAC Julia para um Pocket Show do seu trabalho JUMA, no YouTube do Memorial Vale. A artista vem ganhando os palcos do Brasil com sua musicalidade de impacto.

Também conhecida como Dona Onça, Mac Júlia iniciou seus trabalhos artísticos com 14 anos quando teve o primeiro contato com o skate, pixação e as rodas de freestyle. Mac Julia é mãe solo, musicista e produtora que surgiu nas batalhas da cidade de Belo Horizonte trazendo pautas maternas, feministas e de atitude. Ela vem para mostrar que as mulheres têm voz e sabem gritar. A curadoria é de Patrícia Alencar.

O projeto Diversidade Periférica traz mensalmente  uma programação artística-cultural com conteúdos que mergulham na trajetória ancestral dos becos e vielas do espaço de saber chamado Favela, e também das comunidades de periferia de Belo Horizonte e vizinhanças.

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Patrícia Alencar, curadora do Diversidade Periférica, é mineira nascida na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É ativista social, gestora cultural, arte educadora e dançarina, engajada na luta contra o racismo e pela igualdade social, desenvolve suas atividades desde de 1998. Hoje é uma das Diretoras da CUFA (Central Única de Favelas), co-fundadora da Frente Favela Brasil e também faz parte da Associação Sócio Cultural Bataka. Produziu eventos de relevância para Belo Horizonte, como o Dia das Favelas, Taça das Favelas, Carnafavela, Hip Hop Rua, entre outros. Sua atuação tem como premissa a transformação social por meio das artes e por meio do protagonismo de moradores de favelas.

Domingo é dia de Marcela Nunes

No dia 26 de setembro, domingo, às 11 horas, dentro do projeto Memorial Instrumental, a apresentação é de Marcela Nunes, No repertório, músicas da própria flautista, algumas em parceria com Renato Muringa, e peças de Chiquinha Gonzaga, Carolina Cardoso de Menezes e Luciana Rabello. O show traz a riqueza sonora da música instrumental brasileira com choros, frevos, valsas e maxixes pelas vozes criativas de mulheres de várias gerações. Marcela é acompanhada pelo músico Renato Muringa, ao violão. O Memorial Instrumental tem curadoria de Juliana Nogueira.

Marcela Nunes e sua flauta. Foto: Marcelo Rezende

Marcela Nunes é flautista e compositora de Belo Horizonte. Bacharel em Flauta Transversal pela Escola de Música da UFMG e mestre em Performance Musical pela mesma instituição, onde realizou pesquisa sobre choros para flauta do compositor mineiro Belini Andrade. Dedica-se ao estudo da flauta brasileira na interpretação, criação e educação musical e à pesquisa da música instrumental feita por mulheres.

Iniciada em março de 2020, a série Memorial Instrumental foi aberta com show em trio em homenagem às mulheres, formado pelos músicos Christiano Caldas (piano), Lincoln Cheib (bateria) e Stephan Kurmann (contrabaixo acústico). Logo após o primeiro show houve uma pausa em função da pandemia. E depois de alguns meses, veio a retomada de forma on-line. No período de junho a dezembro foram realizados, mensalmente, shows com nomes da música instrumental de Belo Horizonte levando até ao público as possibilidades sonoras de instrumentos variados, tocados por músicos de diversas gerações. Em 2021, a série será dedicada às mulheres.

Toda a programação é online e gratuita e fica gravada.

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