Política de assistência estudantil é debatida em fórum

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O I Fórum de Assistência Estudantil da UFOP mobilizou professores, estudantes e técnicos de todos os campi, a fim de debater a política de assistência estudantil da Universidade, divulgar as ações desenvolvidas e em desenvolvimento pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace) e apresentar a Comissão Permanente de Assistência Estudantil (Copae). 

A Copae, criada em agosto deste ano, é responsável por estabelecer um fórum permanente, elaborar programas e projetos de assistência estudantil, receber sugestões de estudantes e acompanhar todas as ações da assistência estudantil.

Reitora Cláudia Marliére presente na abertura do fórum

Organizado pela Prace em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Fórum tem como objetivo interligar setores da UFOP, em especial a Prace e a comunidade acadêmica, para que todos participem ativamente de políticas sociais da Universidade e, principalmente, para que haja um meio de divulgar a assistência estudantil e ampliar o diálogo com os estudantes. A ideia surgiu a partir da pesquisa de mestrado da assistente social da UFOP Priscila Sena Gonçalves. Na dissertação, Priscila viu a necessidade de aperfeiçoar a política de assistência estudantil e criar um comitê com a participação dos estudantes.

Além de Priscila, foram convidados para compor a mesa do fórum a diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Paulinha Silva; o técnico em Assuntos Educacionais Rafael Magdalena, referência nacional na política de assistência estudantil, e a pró-reitora adjunta da Prace, Sabrina Magalhães Rocha. A pró-reitora apresentou projetos e programas existentes na UFOP, como o de assistência à saúde e o Pidic, além de outros que ainda serão colocados em prática. Também apresentou as ações e setores da Prace, incluindo o Núcleo de Educação Inclusiva (NEI), que passou a integrar essa pró-reitoria.

Rafael Magdalena fez um apanhado histórico da assistência estudantil na UFOP, que é referência nacional, segundo a reitora Cláudia Marliére. Eles abriram o evento junto com Tamires Aquino, ex-presidente do DCE UFOP, e Sabrina Rocha. 

Na apresentação também foi comprovada a importância do investimento na assistência estudantil e em bolsas, como a bolsa permanência, pois, segundo dados do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), 60% dos matriculados na instituição são oriundos de escolas públicas, sendo 21% aprovados nas cotas por renda. Os dados também mostram que a evasão estudantil por parte dos bolsistas é mínima.

Ainda assim, segundo Sabrina, é preciso melhorar cada vez mais. “Precisamos pensar além da bolsa, principalmente com a atual conjuntura (…) conseguimos enxugar alguns projetos, mas isso não é a assistência estudantil que queremos. (…) Buscamos uma universidade diversa em todas as formas, representando o que a sociedade brasileira é”, enfatizou, trazendo para o debate a preocupação com os recentes cortes na educação. 

Um dos estudantes presentes no fórum, Guilherme Souza, bolsista e morador do Conjunto I de Mariana, demonstrou preocupação ao dizer que “neste governo vemos que a educação pública e de qualidade está em cheque. Temo que sem os benefícios das bolsas e a política de assistência, muitos ficarão sem condições de se manterem na universidade”. Guilherme também tinha expectativas sobre as opções de enfrentamento aos cortes que o Copae traria para os membros discentes.

Paulinha Silva, representante da UNE, também enfatizou a questão dos cortes. Em tom nada desanimador, ela apresentou a realidade do estudante, ressaltando o quanto está difícil se manter na universidade. A estudante recomenda “organizar discentes, docentes e técnicos para ampliar a luta para barrar os cortes”. Paulinha relembrou os atos públicos do mês de maio e defendeu a ideia de que a universidade não pode ser apenas para as classes A e B. 

Além da mesa “A Política de Assistência Estudantil nos momentos atuais, no Brasil e na UFOP” e da apresentação do Copae pela assistente social Priscila Gonçalves, houve grupos de trabalhos, com apresentação de propostas para a política de assistência estudantil da UFOP. Os grupos se organizaram em rodas de conversa de forma dinâmica e aberta, para que todos pudessem debater.

A estudante de Arquitetura Marcela Nicolas, integrante do DCE Alvorada, atual gestão do DCE, conta que uma das propostas do diretório estudantil é “ter o fórum deliberativo a cada dois anos, para apresentar os estudantes que vão fazer parte do comitê, mas também organizar um fórum a cada ano, para que o comitê e a Universidade possam se alinhar com o planejamento e a política de assistência estudantil”, afirmando que a conjuntura se altera é necessário acompanhar as mudanças.

O Fórum foi finalizado com a apresentação das candidaturas dos membros discentes ao Copae, que é composto por:

– 5 servidores da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace);
– 1 servidor da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplad);
– 1 servidor da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd);
– 1 servidor da Pró-Reitoria de Extensão (Proex);
– 1 docente, indicado pela Associação dos Docentes da UFOP (Adufop);
– 1 técnico administrativo, indicado pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Assufop);
– 2 discentes indicados pelo Diretório Central de Estudantes (DCE);
– 8 representantes discentes escolhidos por eleição, sendo um do campus de Ouro Preto, um de Mariana, um de João Monlevade; um de República Federal; um dos Apartamentos; um da Vila Universitária; um do Conjunto I e um do Conjunto II.

As duas vagas indicadas pelo DCE vão ser apresentadas depois da eleição da nova gestão do DCE, que termina em 22 de novembro.A divulgação de todos os candidatos será iniciada até cinco dias úteis após o evento. A votação acontece por 10 dias corridos pelo portal MINHA UFOP.

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