Os novos cortes ocorrem diante de uma persistente queda nos preços do petróleo e de seus derivados no mercado internacional, por impactos do novo coronavírus sobre a economia global. O diesel, por sua vez, acumula queda de quase 40%.
Enquanto isso, nos postos de combustíveis, a gasolina havia acumulado queda de somente 10,16% neste ano até a semana passada, enquanto o diesel caído 12,2% em análise da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Futuros do petróleo WTI atingem menor nível da história.
O recuo ocorre enquanto produtores e comerciantes lutam para encontrar lugares para armazenar o excesso de oferta devido à queda na demanda, sendo explicitado pelo descompasso de preço entre os contratos futuros para maio e junho.
Além disso, indicadores econômicos da Alemanha e do Japão divulgados hoje lançam um cenário sombrio para a economia global.
Contexto
O combate ao Covid-19 fez a indústria de petróleo reduzir a produção para tentar combater um declínio estimado inicialment4e de 30% na demanda de combustível em todo o mundo, mas os cortes de produção da Opep e aliados, incluindo a Rússia – no valor de 9,7 milhões de barris por dia – só terão efeito a partir de maio.
Como conseqüência, os produtores têm lutado para encontrar lugares para armazenar o excesso de petróleo.
Atualmente, 160 milhões de barris de petróleo estão sendo armazenados em navios-tanque.
“Como a produção continua relativamente incólume, o armazenamento está se enchendo a cada dia. O mundo está usando cada vez menos petróleo e os produtores agora sentem como isso se traduz em preços”, disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad, Bjornar Tonhaugen.
Com todos esses fatores, o preço do barril de petróleo WTI, que estava sendo negociado a US$ 60 por unidade no início deste ano, afundou completamente nesta segunda-feira, terminando o dia com menos 37,63 dólares.
Foto: Petrobrás