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Primeira fase do projeto de preservação e restauro do Palácio da Liberdade é concluída

Recursos para outras fases estão garantidos

MPMG destinou cerca de R$ 10 milhões de medidas compensatórias para financiar a obra. Fases dois e três do projeto estão com recursos garantidos. Tombado desde 1975, imóvel tem importância histórica, artística, arquitetônica e social para os mineiros.

A primeira fase do projeto que visa a preservação e o restauro do Palácio da Liberdade, antiga sede do Governo de Minas Gerais, está concluída.
Uma cerimônia realizada nesta segunda-feira, 22, marcou a entrega das primeiras entregas.
O evento realizado em Belo Horizonte e denominado Ekos da Liberdade, ocorreu no imóvel que é tombado desde 1975.
O projeto foi contemplado dentro do Programa Minas para Sempre, que promove a recuperação de bens integrantes do patrimônio cultural no estado, por meio da Plataforma Semente, iniciativa do MPMG em parceria com o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais (CeMais).
As diversas ações de restauração, iniciadas em setembro do ano passado, incluíram, nesta primeira fase, a revitalização das cantarias e pinturas das partes externas e internas das fachadas.
Como forma de manter as características originais e possibilitar o melhor uso e fruição do bem cultural, foi realizada a recomposição artística de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha.

Mais obras


A lista de ações de restauro incluirá ainda a iluminação cênica do Palácio da Liberdade, recuperação da cozinha, adequação à acessibilidade dos caminhos e deslocamentos para visitação.

Serão feitos ainda o restauro de corrimãos, rodapés, portais e esquadrias danificadas, entre outras.
Os trabalhos são acompanhados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e também por um comitê de avaliação.

O grupo é formado por representantes do Governo do Estado, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pelas obras.


Presenças na inauguração


Participaram da cerimônia o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira; o corregedor-geral do MPMG, Marco Antônio Lopes de Almeida; a ouvidora do MPMG, Nádia Estela Ferreira Mateus; o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto; o presidente do Iepha, João Paulo Martins; a diretora-presidente do CeMais, Marcela Giovana; e o coordenador-geral do projeto, pelo Instituto Biapó, Sylvio Faria.


Recursos


Sobre os recursos aplicados no Palácio da Liberdade, o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, explica que eles são oriundos de compensações das ações do MPMG.
“Eles não são da instituição. São valores da sociedade que são devolvidos através de projetos. A primeira, segunda e terceira fases da restauração do Palácio da Liberdade e também da sua promoção estão garantidos e serão aplicados para melhor usufruto da população. É o maior programa de restauração do patrimônio tombado do país em todos os tempos”.
Ainda segundo o procurador-geral de Justiça, outras instituições, parceiras do MPMG, também contribuem para que esses recursos voltem para o Estado.
“É um trabalho não só do Ministério Público, mas também das Polícias Civil, Federal e Militar, da Receita Estadual, da Advocacia-Geral do Estado, Tribunal de Justiça e demais órgãos com os quais trabalhamos em conjunto”.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, “a próxima etapa contemplará a recuperação da escada, do salão de banquetes, da sala de receber, dos pisos térreo e superior e as pinturas parietais que existem nas salas, além da iluminção cênica”.
Ainda conforme o secretário Leônidas, “depois dessa segunda fase mais interna, o MPMG também vai financiar a iluminação cênica do Palácio da Liberdade. Quando passamos pela Praça da Liberdade e olhamos para o Palácio ele está escuro. O projeto prevê uma grande iluminação e depois a própria restauração dos jardins. Queremos também recuperar os jardins ingleses do início do século passado. E isso já começa em breve, pois temos os recursos garantidos”.

Antiga residência do governador de Minas Gerais


O Palácio da Liberdade foi concebido como residência oficial e sede do governo estadual no projeto da Nova Capital de Minas Gerais.
O projeto do arquiteto José de Magalhães teve a pedra fundamental lançada em sete de setembro de 1895.

As obras foram iniciada em 25 de novembro daquele ano.
O Palácio está localizado na Praça da Liberdade e tornou-se referência como centro do poder estadual.

Por um longo período abrigou algumas das secretarias da administração pública.

O tombamento estadual do imóvel e todo o seu conjunto foi aprovado em 1975, sendo inscrito nos Livros do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, Tombo de Belas Artes e Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos.
Estão incluídos no tombamento o edifício, fachadas e áreas internas, elementos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor artístico e histórico.

Este ano cerca de 150 mil pessoas já visitaram o Palácio da Liberdade, principal equipamento do Circuito Liberdade.

Foto: Secult e Erik Bezerra/MPMG e Olavo Maneira/Instituto Biapó

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