Primeiro caso de covid-19 no Brasil completa um ano. Inação governamental mata brasileiros

Novas mutações do vírus surgiram e preocupam sanitaristas e governantes responsáveis. Brasil superou marca de 250 mil mortos pela doença. Vacina foi aplicada apenas em 3% da população até o momento.
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O Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020, Naquele momento o mundo já registrava milhares de casos de covid-19. Em março passado, foi registrada a primeira morte pela doença.

Vários governantes deram péssimo exemplo no desrespeito às normas de segurança contra a Covid-19 e país amarga seus erros. Foto: congresso em foco

Em abril, o governo federal menosprezou a gravidade da doença e passou a defender prescrição de fármacos sem eficácia comprovada para combater a epidemia, além de incentivar pessoas à não adoção de prática de isolamento social e até o uso de máscaras.
Mesmo a contragosto, a equipe econômica do governo adotou medidas para mitigar o efeito da doença na economia, como linhas de crédito para as empresas, e criação de auxílio emergencial, direcionado à população mais vulnerável, após pressão do Congresso.

Ainda em 2020, estudos sobre a vacina contra covid-19 tornaram real a possibilidade de imunizar a população. Mas, em outra ação, o governo não acreditou no avanço científico, fez desdém à vacinação e dirigentes ainda afirmavam que, quando a vacina estivesse disponível, não se imunizariam. Foi também o tempo de trocas no comando do Ministério da Saúde, fatos que contribuíram para colocar o país no atraso do processo.
Após defesas ideológicas para aquisição de vacinas, que não podiam ser chinesas, russas ou indianas, o que provocou enorme quantidade de mortos, o Brasil começou em passos de tartarugas, a vacinar grupos prioritários, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford.
Atualmente, com menos de 3% da população vacinada e enorme desrespeito às normas básicas de prevenção de contágio, os casos da doença continuam em alta e vários estados decretam toque de recolher para tentar conter o avanço da doença.
Gravidade

Em agosto de 2020, Romeu Zema viajou por toda Minas Gerais entregando respiradores. Esteve em Itabira e em outras regiões fazendo o mesmo, mas se “esqueceu” de providenciar e adquirir vacinas para a população, em procedimento irresponsável e com viés político e não científico. Sua ação permitiu quase um milhão de casos da doença no estado, mais de 18 mil mortes e níveis alarmantes de contaminados diariamente.


O país registrou 1.582 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, a maior marca anotada até aqui, chegando ao total de 251.661 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.150. É o segundo recorde seguido registrado nessa média. O número de mortes de ontem também foi 8,5% maior do que o observado 14 dias antes (1.058) e 9,2% acima do total de óbitos de um mês atrás (1.052).
O número de casos confirmados diários, segundo a média móvel de sete dias, chegou a 51.405, 13,3% a mais do que 14 dias antes (45.373 casos) e 0,9% acima de um mês antes (50.925).Sem vacinas suficientes para a população, a morosidade na imunização não permite vislumbrar melhorias e sim agravamento da situação.
Com isso, governos estaduais, municipais e empresas agora podem adquirir vacinas, que não existem para pronta entrega no mercado internacional. No ritmo atual chegaremos ao ano de 2022 sem vacinar toda a população. Com a palavra os negacionistas ou irresponsáveis governantes, como o governador mineiro e seu “vírus viajante”.

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