Procuradora Raquel Dodge apoia a Lava Jato, mas cobra “isenção” de procuradores

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, frisou nesta terça-feira (13) a importância da isenção e da imparcialidade do Ministério Público, assegurada pela Constituição, e reafirmou seu apoio à Operação Lava Jato. Entretanto, ela cobrou que todos os procuradores expressem “nos atos e nas palavras” a independência da instituição.

“A independência do Ministério Público (MP) está assegurada na Constituição e nas leis. Mas precisa ser vivida nos atos e nas palavras de cada membro da instituição, sabendo que o que faz ou deixa de fazer é capaz de refletir sobre todos e todas”.

Ao destacar o ofício que publicou ontem (12) prorrogando por mais um ano a atuação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Raquel Dodge afirmou que o trabalho de todos os membros do MP precisa se basear nas leis.

“A Procuradoria-Geral da República apoia a atuação institucional de todos os seus membros, para o cumprimento da missão. Mas igualmente exige que o desempenho da atuação institucional se dê inteiramente dentro dos marcos da legalidade”, disse Raquel Dodge.

CNMP desarquiva reclamação contra Deltan

Nesta terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) rejeitou recurso de Deltan Dallagnol que solicitava o arquivamento de um processo administrativo disciplinar aberto contra ele. O procedimento foi aberto a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli

A ação de Toffoli ao CNMP ocorreu em abril, após Dallagnol dar entrevista para a Rádio CBN. Na ocasião, o procurador afirmou que alguns ministros do STF “mandam uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção”.

Ainda durante a sessão do CNMP desta segunda-feira, os conselheiros Leonardo Accioly da Silva e Erick Venâncio Lima do Nascimento, que representam a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no colegiado, pediram para que seja revisada uma decisão do corregedor Orlando Rochadel Moreira que arquivou uma representação contra Deltan.

Deltan vive inferno astral após as revelações do The Intercept que detalham movimentos, atos, ações e palestras do procurador, inclusive para empresas investigadas na Lava Jato, além dee conluios com outros procuradores, PF e o ex-juiz Sérgio Moro para manipular imprensa, órgãos públicos e delações durante as investigações da operação.

Da redação com informações da ABr

foto: Marcelo Camargo

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