O presidente russo disse nesta terça-feira (12) que o ataque ao território ucraniano foi necessário para proteger os habitantes de Donbass e sustentou que a Ucrânia havia começado a converter-se em um posto avançado contra seus país. “As autoridades de Kiev fomentaram os germes do nacionalismo e o neonazismo”, assegurou.
Nas horas que se prevê uma dura ofensiva militar russa no leste da Ucrânia que pode ter consequências devastadoras para a já castigada região, o presidente russo, Vladimir Putin, reafirmou terça-feira que a invasão alcançará seu objetivo principal de “ ajudar os habitantes de Donbass”, região que abriga duas províncias que falam o idioma russo e que mantém faz muitos anos, um conflito armado contra o governo de Kiev.
“O objetivo fundamental é ajudar as pessoas em Donbass, o povo de Donbass que temos reconhecido. Nós fomos obrigados a fazê-lo porque as autoridades de Kiev, impulsionadas pelo Ocidente, se negaram a cumprir com os acordos de Minsk que encaminharam uma solução pacífica para os problemas da região”, complementou.
O mandatário russo se referia aos acordos de paz de 2014 e 2015 firmados na capital da Bielorrusia, nos quais o governo da Ucrânia se comprometeu a dar certa autonomia regional às províncias de Donetsk y Lugansk que incluíam o reconhecimento oficial do idioma russo e a eleição de autoridades locais, que segundo Moscou e os rebeldes pró-russos, o governo de Kiev não cumpriu.
“A Ucrânia havia começado a se tornar um posto avançado contra a Rússia, havia iniciado o cultivo de germes do nacionalismo e do neonazismo que estavam ali desde muito tempo(…) Era inevitável que essas forças iriam enfrentar a Rússia, não havia mais que eleger o tempo do ataque do ataque”, afirmou Putin em declarações à agência de notícias Sputnik.
As afirmações do presidente russo acontecem após completar 48 dias da invasão e ocorrem pouco antes das horas previstas por autoridades ucranianas para o início de uma grande ofensiva das forças russas sobre o leste da Ucrânia.
Foto: AFP