Queda de asteroide causou 15 anos de inverno que acabou com os dinossauros, aponta estudo

As partículas de poeira "interromperam totalmente a fotossíntese" nas plantas

Pesquisa mostrou que poeira do asteroide Chicxulub impediu a passagem de luz e fez com que a temperatura caísse em média 15°C, dizimando dinossauros.
Publicidade _

Uma pesquisa internacional conduzida pelo Real Observatório da Bélgica confirmou a hipótese de que a causa da extinção dos dinossauros foi um inverno global de 15 anos.

Ele teria sido provocado pela nuvem de poeira resultante do impacto do asteroide Chicxulub, que caiu na península de Iucatã, no Golfo do México.
O estudo, publicado nesta segunda-feira (30) na revista Nature Geoscience, reúne novas evidências baseadas em fragmentos encontrados em Tanis, um sítio paleontológico importante em Dakota do Norte, nos EUA.
Os cientistas consideram que as suas conclusões permitem clarificar as consequências climáticas provocadas pelos resíduos dispersos na atmosfera após o impacto do Chicxulub.

Este impacto ocorreu há 66 milhões de anos, no limite dos períodos Cretáceo e Paleógeno.
Embora Tanis esteja a 3.000 quilômetros da cratera, acredita-se que em suas camadas sedimentares há materiais relacionados com o impacto da enorme rocha espacial.
Os autores conseguiram calcular o volume das partículas de poeira que se soltaram imediatamente após o impacto do asteroide.
Para isso, realizaram simulações paleoclimáticas para avaliar os efeitos relativos e combinados do pó de silicato e de enxofre no clima terrestre pós-impacto.
Também avaliaram a influência da fuligem dos incêndios florestais gerados pelo impacto.
Resultados da pesquisa sugerem que a fina poeira de silicato da rocha pulverizada teve o volume necessário para permanecer na atmosfera durante 15 anos.

Publicidade
_

Isto reduziu as temperaturas globais até 15 graus Celsius.

As partículas de poeira “interromperam totalmente a fotossíntese” nas plantas.

Taisi fatos provocaram um “colapso catastrófico” da vida, afirmou à agência AFP Ozgur Karatekin, cientista que liderou a pesquisa.
*Sputnik
Imagem ilustrativa/Fotolia / Mopic

Publicidade