Região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal

Reconhecimento vai impulsionar a geração de emprego e renda e o desenvolvimento de seis municípios.

Produção da iguaria faz parte da história da região desde o Ciclo do Ouro e inclui os municípios de Barão de Cocais e Santa Bárbara.
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Em ato realizado nesta terça-feira (19/4), em Caeté, foi reconhecida mais uma região mineira produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA).

A região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” contempla os municípios de Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Bom Jesus do Amparo e Caeté. A localização, entre as serras da Piedade e do Caraça, acabou dando origem ao nome da região.
A região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” passa a ser a 10ª região de Minas Gerais reconhecida oficialmente como produtora de Queijo Minas Artesanal. Mais nove regiões já são reconhecidas como produtoras do tradicional queijo mineiro: Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.
Com o título, a região os produtores podem sair da informalidade e garantem acesso a novos mercados, pois adquirem mais assistência para conseguir a habilitação sanitária e almejar novos mercados.
Etapas

Durante o processo de maturação, o queijo é submetido a inúmeras reações bioquímicas, causadas pela presença de enzimas naturais do leite ou produzidas por micro-organismos, sendo ideal que estes sejam originados de “pingo” de boa qualidade, para o desenvolvimento de sabores e texturas agradáveis. Essas reações ocorrem em velocidades diferentes, sendo influenciadas por temperatura e umidade.
Com apenas três anos de produção, a Queijaria Emboabas já foi premiada duas vezes na região, com primeiro e segundo lugar. Os queijos são vendidos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e já chegaram no Canadá, Estados Unidos e Chile.
Tradição regional

Conforme pesquisa realizada pela Emater-MG, a história da produção de queijos na região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” está atrelada à mineração, desde a época do Ciclo do Ouro.


“Com o surgimento das pequenas vilas e povoados, foi necessário prover de alimentos as pessoas que vinham trabalhar no local. A produção de queijo passou a ser adotada como forma de conservação do leite, uma vez que a pecuária também se iniciou com as expedições em busca de ouro e território”, explica a coordenadora do estudo e engenheira de alimentos da Emater-MG, Fernanda Faria Quadros.
A região situada entre as serras da Piedade e do Caraça é reconhecida como um dos mais importantes patrimônios naturais, históricos e religiosos de Minas Gerais com forte vocação turística.
Levantamento da Emater-MG indica que, no estado, há 7.063 estabelecimentos destinados à produção dos diversos tipos de queijos artesanais.
Neste grupo, o destaque é o Queijo Minas Artesanal. São 3.103 agroindústrias em Minas Gerais. A produção estimada é de 21,8 mil toneladas por ano, o que representa 65,2% da produção dos queijos artesanais das agroindústrias familiares.
Foto: Gil Leonardi/imprensaMG

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