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Reservatório Retiro Baixo salvou o Rio São Francisco de contaminação por rejeitos da Vale

Entre os dias 9 e 16 de maio, foi realizada uma expedição de campo para avaliar a extensão da área ao longo dos rios Paraopeba e São Francisco, por onde se espalharam os rejeitos da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão,

Coordenada pela Polícia Federal, a expedição contou com a participação da Universidade de Brasília (UnB), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Institut de Recherche pour le Développement (IRD), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) eInstituto Mineiro de Gestão das Águas(Igam). Também apoiaram o trabalho o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária (EpAMIG), Prefeitura Municipal de Felixlândia e empresas de consultoria ambiental.

Nos oito dias de trabalho de campo, foram empregadas três aeronaves tripuladas, duas aeronaves remotamente pilotadas (drones), seis embarcações, 11 veículos terrestres, sensores espectrais, radiômetros e dois laboratórios de campanha. Integraram a equipe mais de 30 profissionais, entre pesquisadores, peritos criminais, analistas ambientais e técnicos de órgãos públicos e consultorias.


Reservatório de Retiro Baixo, no rio Paraopeba, segurou onda de rejeitos e evitou contaminação do Velho Chico.

Mais de quatro mil dados e amostras foram coletados ao longo de aproximadamente 250 quilômetros de rios e lagos, desde Brumadinho até os reservatórios de Retiro Baixo e Três Marias. O conjunto de dados envolve imagens de satélite, medições radiométricas e hidrológicas, amostras de água e sedimentos de fundo dos corpos hídricos.

Os resultados obtidos permitem afirmar, com segurança técnica, que não há, até o momento, evidências de que os rejeitos minerários oriundos do rompimento da Barragem 1 tenham ultrapassado os limites do reservatório de Retiro Baixo e atingido o lago de Três Marias e o Rio São Francisco.

Foto: Lucas Haliet SOS Mata Atlântica


 

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