Rompimento de barragem da VALE em Brumadinho

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Bombeiros falam em ao menos 200 desaparecidos sob a lama que soterrou a região da barragem da Vale. 

O rompimento de uma barragem da mineradora Vale na Mina Feijão, em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, causou uma avalanche de lama e rejeitos de mineração que devastou parte da comunidade da Vila Ferteco, no início da tarde desta sexta-feira, 25 de janeiro. O desastre já deixou 7 mortos e os bombeiros ainda trabalham nas buscas e resgate de soterrados e estimam em 150 os desaparecidos. “Nos pegou de surpresa, estou dilacerado com o que aconteceu”, disse o presidente da Vale, Fábio Schwartsman. É o segundo desastre ambiental em pouco mais de três anos que tem Minas Gerais como palco e a companhia Vale como protagonista —há três anos, um desastre ambiental semelhante deixou 19 mortos em Mariana.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o rejeito que vazou da Mina Feijão atingiu o Rio Paraopeba às 15h50, A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), empresa vinculada ao governo mineiro, informou que poderia alterar a forma de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, que é atendida pelo Sistema Paraopeba. A estatal, porém, assegurou que a população não seria prejudicada.

“Caso seja necessário, o abastecimento da região atendida pelo Sistema Paraopeba, passará a ser realizado pelas represas do Rio Manso, Serra Azul, Várzea das Flores e pela captação a fio d’água do Rio das Velhas”, informou nota da Copasa.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou nota informando que às 13h37 foi comunicada do rompimento pelo gerente de segurança e emergências ambientais da Vale. Equipes do Núcleo de Emergência Ambiental da Semad se deslocaram para o local do acidente para verificar a ocorrência e tomar as providências necessárias.

“O empreendimento, e também a barragem, estão devidamente licenciados, sendo que, em dezembro de 2018, obteve licença para o reaproveitamento dos rejeitos dispostos na barragem e para seu descomissionamento [encerramento de atividades]. A barragem não recebia rejeitos desde 2014 e tinha estabilidade garantida pelo auditor, conforme laudo elaborado em agosto de 2018. As causas e responsabilidades pelo ocorrido serão apuradas pelo governo de Minas”, informou a pasta.

 

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